China continua simplificando trâmites para obtenção de passaporte

A iniciativa, já experimentada com êxito em algumas cidades da província meridional de Guangdong (cuja capital é Cantão) e nas províncias nortistas de Liaoning e Shandong, se emoldura dentro das seis grandes mudanças na administração de alfândegas que foram implementadas na China antes de 2005.

Anteriormente, para conseguir o passaporte neste país era preciso apresentar uma extensa documentação, incluindo uma permissão da empresa do solicitante para viajar ao exterior, o que fazia com que poucas pessoas conseguissem.

"Altos funcionários ou trabalhadores de empresas que tenham posições importantes e tarefas confidenciais são os únicos que deverão pedir permissão a seus superiores para obter o passaporte", informou em uma entrevista coletiva o subdiretor do Departamento de Entradas e Saídas de Xangai, Yang Naixing.

Os habitantes de Xangai, 16,8 milhões de pessoas, podem solicitar este documento em mais de cem locais voltados para isso e em delegacias de polícia, enquanto os trâmites levarão apenas dez dias, acrescentou Yang.

As mudanças feitas pela administração chinesa de alfândegas incluem a simplificação dos trâmites para viajar a Hong Kong e Macau e um sistema similar ao "green card" americano para profissionais e investidores estrangeiros.
Apesar de Deng Xiaoping ter começado a Reforma e Abertura do continente na década de 80, viajar para o exterior foi tradicionalmente um privilégio restrito a figuras políticas e intelectuais, e sempre sob um estrito controle.

O aumento dos rendimentos da população urbana do gigante asiático, a única que, por enquanto, se beneficiará destas reformas, ajudou o nascimento de um verdadeiro setor turístico da China. Em 2020 os especialistas calculam que a China será o primeiro país emissor de turistas do mundo.

EFE