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Você cai na água. É tudo bolhas em volta, embaralhando a vista. E quando as bolhas se vão, perde-se o fôlego: o olhar se estende longe, muito mais longe do que você jamais viu. E nessas águas transparentes, milhares de peixes, bosques de algas, golfinhos e barracudas compõem um panorama tão difícil de se descrever como impossível de se esquecer. Não é por acaso que Américo Vespúcio, homem viajado e conhecedor de muitas costas, foi definitivo: “O paraíso é aqui”, disse quando Fernando de Noronha em 1503. Estava coberto de razão. Neste arquipélago de 21 ilhas, das quais a única habitada é a principal, que dá nome ao conjunto, há praias, vegetação, fauna e paisagens suficientes para justificar o mote. Mas não é destino para muitos. O numero de visitantes é limitado, e cobra-se uma taxa ambiental que, somada ao custo das passagens e da hospedagem, contribui para fazer da ilha um destino caro. E ainda assim vale muito a pena. A decisão de limitar a quantidade de turistas que pernoitam tem a ver com a escassez de água no arquipélago e necessidade de limitar a quantidade de lixo. Há menos de 3 mil habitantes permanentes, e residir aqui exige autorização especial. Muitas das ilhas menores, e áreas inteiras da ilha principal, estão fechadas à visitação Preservação é assunto sério neste Parque Nacional Marinho e Área de Proteção Ambiental.