Vales, canyons e cenário alpino encantam no norte da Armênia

Solly Boussidan, de Yerevan

As oportunidades de ver monumentos históricos e se encantar com a natureza na Armênia são quase infinitas, mas um excelente roteiro pelo norte do país pode ser feito em um ou dois dias, combinando paisagens, patrimônios da humanidade e boa gastronomia.

Saindo de Yerevan, em menos de uma hora de viagem, chega-se a Sevan, um maravilhoso e gigantesco lago de água potável e cristalina, que ocupa cerca de 5% do território armênio. Em sua margem ocidental, uma pequena península com um monte abriga o monastério de Sevanavank, do século X, que apesar de pequeno possui uma aura mágica e vistas de tirar o fôlego.

A cerca de 80 quilômetros de Sevan, fica Dilijan, conhecida como a Suíça da Armênia. A cidade de chalézinhos de madeira fica em meio a florestas e montanhas de pinheiro, com belas vistas, ruazinhas de pedra e restaurantes que servem uma ampla variedade de pratos onde o principal ingrediente são os cogumelos frescos que crescem na região. Uma noite com um bom vinho, ao lado de uma lareira em um dos muitos hotéis ou chalés da cidade é um dos programas mais românticos da Armênia.

Para curtir ainda mais a natureza de Dilijan, tome os 10 quilômetros de estrada de terra que corta as montanhas da cidade para visitar o Lago Parz, onde chorões e orquídeas, dividem o espaço com garças e carpas.

Partindo de Dilijan para o norte, pela esburacada estrada M-8, em cerca de uma hora chega-se ao pitoresco canyon Debed, cortado pelo rio do mesmo nome. Apesar de grande parte do canyon, que se estende até a fronteira com a Geórgia, ser formado por basalto, há bastante diversidade de cores nas rochas, graças aos diferentes estágios de erosão no local. Não deixe de ver – e se possível experimentar – os apricots que crescem em árvores floridas por toda a parte.

No alto do canyon, está localizado um dos monastérios mais lindos do país – Odzun, com mais de 1700 anos de existência, foi uma das primeiras igrejas da Armênia. Observe os Khachkars, as cruzes entrelaçadas típicas da Igreja Ortodoxa local e os inúmeros túmulos ao lado do monastério, que traçam um pouco do panorama local. Não deixe de reparar ainda no monumento bolchevique instalado na entrada de Odzun durante os anos soviéticos.

De Odzun, a próxima parada são as montanhas de Lori, próximas à vila de Alaverdi, onde cerejeiras floridas se misturam a extensos gramados, um vilarejo tipicamente armênio à beira de um rio e picos nevados à distância.

Para terminar o giro pelo norte do país, siga para os monastérios de Sanahin e Haghpat, dois patrimônios mundiais da humanidade de deixar qualquer visitante de queixo caído.