Patrimônio verde: Rio tem a maior floresta urbana do planeta

Foto: Tania Rego/Agência Brasil

O Rio de Janeiro é conhecido como a cidade maravilhosa por seus pontos turísticos e beleza que chama a atenção de turistas de todo o mundo. Contudo, muitos não sabem que o local abriga a maior floresta urbana do planeta, com o Parque Estadual da Pedra Branca.

Foto: Tania Rego/Agência Brasil

Dessa forma, o Parque Estadual da Pedra Branca representa um maciço verde de 12.500 hectares, 125 km², que corta bairros da Zona Oeste como Jacarepaguá, Vargem Grande, Guaratiba e Bangu.

Foto: A marijose/Wikimédia Commons

Além disso, este parque carioca funciona, de forma efetiva, como regulador climático, berçário de nascentes e refúgio de fauna típica da Mata Atlântica.

Foto: Halley Pacheco de Oliveira/Wikimédia Commons

Da mesma forma que é um “pulmão verde”, a área é uma infraestrutura natural essencial. Afinal, reduz ilhas de calor, amortece enxurradas, protege mananciais e oferece lazer e turismo de natureza a uma metrópole de 6,7 milhões de habitantes.

Foto: Divulgação

A maior floresta urbana do planeta se distribui por encostas, vales e cumes do maciço, que apresentam altitudes que passam de 1.000 m e uma rede de trilhas, riachos e cachoeiras.

Foto: Halley Pacheco de Oliveira/Wikimédia Commons

Diante desse contexto, o núcleo florestal é contínuo. Isso é um fator decisivo para a conservação de processos ecológicos e a permissão do deslocamento de espécies de médio e grande porte.

Foto: Halley Pacheco de Oliveira/Wikimédia Commons

O Parque Estadual da Pedra Branca abriga onças-pardas, nascentes e um mosaico raro de biodiversidade urbana. Além de Jequitibás, quaresmeiras, angicos e palmeiras nativas, que compõem o cenário, ao lado de epífitas e bromélias.

Foto: Reprodução de Instagram

Além da onça-parda no topo de cadeia, a fauna local traz registros de cutias, macacos, aves raras e insetos polinizadores, peça-chave para a regeneração natural.

Foto: Divulgação

Em 2025, houve a descoberta de um jequitibá-rosa no local carioca, com cerca de 500 anos e 40 metros de altura. Um verdadeiro “arranha-céu” de copa larga que reforça o valor da área como santuário de espécies ameaçadas.

Foto: Flickr Italo Aleixo

Neste cenário, árvores antigas estocam carbono, estabilizam o microclima e sustentam cadeias alimentares complexas, benefícios difíceis de replicar com plantios recentes.

Foto: reprodução do Youtube

A criação formal do Parque Estadual da Pedra Branca foi em 1974. Entretanto, desde então, o parque passou por momentos de baixa estrutura e fiscalização limitada e o avanço do desmatamento entre os séculos XIX e XX.

Foto: Divulgação

Como toda área de conservação urbana, o parque também sofre com ocupações irregulares, incêndios e especulação imobiliária.

Foto: Vinny Wiki/Wiikimédia Commons

Como resposta a esses problemas, há a busca e exigência por fiscalização contínua, recuperação de bordas degradadas e integração com política habitacional.

Foto: reprodução do Youtube

As nascentes do Parque Estadual da Pedra Branca que brotam no maciço alimentam reservatórios como Camorim, com efeito direto no abastecimento urbano.

Foto: Divulgação

Em ondas de extremo calor, comuns no verão carioca, o maciço reduz temperaturas de bairros vizinhos e cria um “ar condicionado natural” para a cidade.

Foto: Msadp06/Wiikimédia Commons

Ela, portanto, atua também como esponja hídrica. Afinal, pode infiltrar chuva, alimentar aquíferos e aplanar picos de vazão que causariam enchentes.

Foto: reprodução do Youtube

No local, há a Pedra do Osso, uma formação rochosa, que desperta a curiosidade das pessoas por se “equilibrar” verticalmente sobre o solo e parecer desafiar a gravidade.

Foto: Vanderleiadp/Wikimédia Commons

Ainda na região, Pedra Branca tem rede extensa de trilhas até a Pedra do Telégrafo, mirantes e quedas d’água pouco conhecidas.

Foto: Reprodução de Instagram

O Aqueduto do Barata está localizado no Núcleo Piraquara da Trilha Transcarioca, que faz o transporte de água para o abastecimento da CEDAE, Companhia Estadual, de parte da cidade.

Foto: Reprodução do Facebook Santíssimo Notícias RJ

Nesse sentido, possui uma engenharia natural, que custa menos do que obras cinzas equivalentes e traz benefícios. Entre eles, o ar mais limpo, ruído amortecido, polinizadores ativos e áreas sombreadas de lazer que impactam diretamente a saúde pública.

Foto: Divulgação

Ponto mais alto da cidade maravilhosa, com 1.025 metros de altitude, o Pico da Pedra Branca está localizado bem na divisa entre os bairros cariocas de Campo Grande e Jacarepaguá.

Foto: reprodução do Youtube

Uma das maiores e mais belas cachoeiras do parque é a do Camorim, que tem acesso pela trilha que se inicia na sede do PEPB. Ela tem uma queda d'água e um pequeno poço para nadar. Além disso, há bastante espaço para descansar e aproveitar o contato com a natureza.

Foto: Daniela Lopes Segadilha/Wiikimédia Commons

No Mirante do Caeté, é possível avistar a Pedra do Pontal, a Praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, a Barra da Tijuca, além da Pedra da Gávea e boa parte da Floresta da Tijuca ao fundo.

Foto: Reprodução de Instagram

Acompanhe o Terra

Diariamente o Terra traz conteúdos para você se manter informado. Acesse o site e nos siga nas redes.

Foto: Tania Rego/Agência Brasil