Quem foi Xica Manicongo, considerada a primeira travesti brasileira

Conhecida por subverter a cisgeneridade no século 16, Xica é símbolo de luta e resistência para comunidade LGBTQIA+

Foto: Gabriel Moraes/Terra

Escrava do Congo

Trazida sequestrada da região do Congo, pertencente à categoria das quimbandas de seu povo, sua expressão de gênero era lida pelo colonizador como feminina. Xixa foi escrava de um sapateiro em Salvador.

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Realeza do Congo

Seu sobrenome, Manicongo, era um título utilizado pelos governantes no Reino do Congo para se referir aos seus senhores e às suas divindades. Dessa forma, podemos traduzir o nome dela como “Rainha ou Realeza do Congo”.

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Resistência

Xica Manicongo é considerada a primeira travesti do Brasil porque recusava-se a utilizar o nome masculino que lhe foi imposto, ao mesmo tempo em que seguia vestida em seus trajes femininos, tal qual em África, de acordo com a justificativa do Projeto de Lei de Erika Hilton (PSOL), que quer o nome de Xica em uma rua da capital paulista.

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Heresia

Acusada de sodomia e julgada Tribunal do Santo Ofício - instituição eclesiástica responsável por punir judicialmente crimes de ‘heresia’ - Xica foi condenada à pena de ser queimada viva em praça pública e ter seus descendentes desonrados até a terceira geração.

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Pressão social

Sufocada pela pressão social e para sobreviver, Xica precisou negar sua identidade, abdicando de suas roupas e se enquadrando aos costumes tidos como masculinos na época.

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Homenagens

Hoje, Xica se faz presente em letras de cantoras como Linn da Quebrada e nas obras de artistas como Neon Cunha.

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Rua Xica Manicongo

Desde o ano passado, o projeto aguarda o parecer do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB). Se aprovado, a Rua Sem Nome, do bairro do Grajaú, na zona sul da capital paulista, será a primeira via da cidade a homenagear uma travesti.

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Reconhecimento

“Xica Manicongo representa a luta das travestis brasileiras pelo seu direito à memória e reconhecimento e por isso é importante homenagear sua luta e existência”, diz trecho da justificativa do PL

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Trans e travesti: qual a diferença?

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