Com 12 faixas e produção assinada pelo próprio artista, o novo trabalho reafirma o vigor criativo de um dos nomes mais sofisticados da música brasileira, justamente no momento em que ele celebra meio século de carreira.
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Entre as histórias curiosas que cercam o disco está a da canção “Pra Sempre”, composta em 1987 a pedido do lendário produtor Quincy Jones para o álbum “Bad”, de Michael Jackson.
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Djavan contou que, na época, acabou demorando para enviar a canção e perdeu o prazo. “Não levei muita fé no convite. Quando mandei, ele já estava mixando o disco”, recordou, bem-humorado, em entrevista ao portal G1. Quase quatro décadas depois, a faixa finalmente ganha vida em “Improviso”, agora com letra e arranjo finalizados.
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Outra canção de destaque é “O Vento”, parceria com Ronaldo Bastos e originalmente gravada por Gal Costa em álbum 1987. A nova versão surge como homenagem à cantora baiana, a quem Djavan reconhece como uma das grandes intérpretes de sua obra.
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Vivendo uma fase intensa, Djavan prepara também uma nova turnê para 2026, intitulada “Djavanear 50 anos. Só Sucessos”, que percorrerá estádios e arenas em todo o país.
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Djavan Caetano Viana nasceu em Maceió, em 27 de janeiro de 1949. Antes de se entregar à música, quase trilhou o caminho do futebol. Adolescente, destacava-se como meio-campo no time juvenil do CSA, em Maceió, e chegou a sonhar com a carreira profissional.
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Aos 16 anos, aprendeu a tocar violão e, dois anos depois, já integrava o grupo Luz, Som, Dimensão, com o qual se apresentava na capital alagoana interpretando canções dos Beatles.
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Em 1975, Djavan começou a chamar atenção com a música “Fato Consumado”, segundo lugar no Festival Abertura. O sucesso abriu caminho para seu primeiro álbum, “A voz, o violão, a música de Djavan”, de 1976, produzido por Aloysio de Oliveira e que trazia “Flor de Lis”, que se tornaria um clássico do repertório do artista.
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O segundo álbum, “Djavan” (1978), consolidou seu estilo em faixas como “Cara de Índio” e “Serrado”. Nessa fase, suas composições começaram a ser gravadas por grandes intérpretes. Maria Bethânia fez sucesso com “Álibi”, Nana Caymmi cantou “Dupla Traição” e Elis Regina imortalizou “Samba Dobrado”.
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Nos anos 1980, Djavan se aproximou de nomes como Chico Buarque, Aldir Blanc e Cacaso. No começo da década, lançou “Alumbramento”, com a eterna “Meu Bem Querer”.
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Em seguida veio o disco “Luz” (1982), gravado em Los Angeles e produzido por Ronnie Foster. Com a participação de Stevie Wonder em “Samurai”, ele reuniu clássicos como “Sina”, “Açaí”, “Capim” e “Pétala”, consolidando Djavan como um dos artistas brasileiros mais respeitados no exterior.
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Na sequência, vieram álbuns marcantes como “Lilás” (1984), “Meu Lado” (1986) e “Não é Azul, Mas é Mar” (1987), com o sucesso “Oceano”.
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Já nos anos 1990, o artista reafirmou sua inventividade com “Coisa de Acender” (1992), que trouxe a parceria com Caetano Veloso em “Linha do Equador”, e com “Novena” (1994) e “Malásia” (1996), ambos elogiados pela crítica.
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No novo milênio, Djavan ampliou sua independência artística com a criação da gravadora Luanda Records. De lá saíram “Vaidade” (2004), “Na Pista, etc.” (2005) e “Matizes” (2007), além de “Milagreiro” (2001), gravado em seu estúdio caseiro e impregnado de referências à terra natal, Alagoas.
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O reconhecimento veio também em prêmios. Djavan soma quatro Grammys Latinos. Em 2018, ele lançou “Vesúvio”, eleito pela Rolling Stone Brasil um dos melhores discos do ano.
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Desde 2000, Djavan é casado com Rafaela Brunini, com quem vive no Rio de Janeiro. O cantor é pai de cinco filhos. Flávia Virgínia, o cantor Max Viana e o produtor João Thiago são frutos do relacionamento com Maria Aparecida Viana. Já Inácio e Sofia nasceram do atual casamento do cantor.
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Com quase trinta álbuns e uma trajetória marcada pela busca incessante pela beleza sonora, Djavan é, acima de tudo, um alquimista musical. Suas canções transcendem rótulos e gerações, misturando MPB, jazz, soul, samba e música regional em harmonias únicas.
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