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Depois do Prozac, budismo pode ser antidepressivo
Quarta, 17 de setembro de 2003, 19h09

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Uma dose diária de meditação budista pode ser a alternativa para os que sofrem de angústia e recorrem a remédios como o Prozac, segundo recomendações de especialistas em budismo reunidos em Cambridge (Massachussets, a nordeste), com a presença do Dalai Lama. "Não é inconcebível que, dentro de 20 anos, as autoridades americanas de saúde recomendem 60 minutos de exercício mental cinco vezes por semana", destacou o biólogo Eric Lander, membro do Projeto Genoma Humano, durante conferência celebrada no fim-de-semana no Massachussets Institute of Technology (MIT).

Previsão semelhante feita por um homem da posição de Lander em um meio como o conceituado MIT é sinal da crescente fascinação da ciência moderna com o budismo e especialmente com os extraordinários resultados de pesquisas sobre a ginástica mental dos monges budistas.

Alguns dos estudos apresentados na conferência apontam não só a uma capacidade de atenção que seria de dar inveja a um controlador de tráfego aéreo, mas também a técnicas de meditação em condições de reconectar os caminhos neurais do cérebro. Na era do Prozac, as aplicações possíveis da meditação poderiam deixar as pílulas que ajudam a mudar o humor na caixa de primeiros-socorros.

O neurocientista Richard Davidson, da Universidade de Harvard, apresentou imagens da atividade cerebral de um monge capaz de elevar os níveis de atividade do córtex pré-frontal esquerdo - uma parte do cérebro associado às emoções positivas -, usando uma técnica conhecida como meditação compassiva.

Em um nível diferente de estado de meditação, o mesmo monge conseguiu fazer algo que até agora era considerado impossível: suprimir o reflexo involuntário a um ruído forte e repentino, como o disparo de uma arma de fogo.

Paul Ekman, uma das maiores autoridades mundiais no estudo das emoções, descreveu o nível de controle mental do monge como "uma proeza espetacular". "Nunca encontramos ninguém que pudesse fazer isso", disse Ekman. "Não temos idéia da anatomia que permite a ele suprimir esse reflexo", continuou.

Outro estudo mostrou meditadores avançados capazes de conseguir velocidades cognitivas surpreendentes, identificando corretamente as mudanças de humor em uma série de expressões faciais exibidas em frações de segundo em uma tela de TV.

Alan Wallace, ex-monge e atual presidente do Instituto de Estudos Interdisciplinares da Consciência em Santa Bárbara (Califórnia, a oeste), sustenta que as práticas budistas destinadas a elevar o equilíbrio emocional e cognitivo poderiam ser poderosas ferramentas, não só para o tratamento da depressão e das doenças mentais.

"Não vejo razão pela qual estas técnicas não possam ser introduzidas no sistema escolar", disse Wallace. "As pessoas se sairão melhor na educação e em uma variedade de profissões porque serão mais felizes, mais equilibradas e mais receptivas", continuou. "É uma situação na qual só se pode ganhar. Não contar com ela no sistema educacional é um desastre", concluiu.

AFP

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