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Compostos presentes no café podem elevar a pressão sanguínea
Terça, 19 de novembro de 2002, 10h33

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Uma xícara de café pode conter mistérios mais complexos do que muitos imaginam, sugerem os resultados de um pequeno estudo.

A equipe de Roberto Corti, do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, verificou que, além da cafeína, outros componentes do café podem afetar o sistema cardiovascular dos consumidores da bebida. Uma outra substância poderia ainda suprimir alguns efeitos da cafeína nas pessoas que tomam café habitualmente.

Em entrevista à Reuters Health, Corti explicou que o café contém centenas de compostos e que os resultados do trabalho atual mostraram existir "algum elemento a mais capaz de afetar o funcionamento do organismo."

O mecanismo de ação do café sobre o sistema cardiovascular permanece obscuro, informaram os pesquisadores na versão antecipada da edição de 3 de dezembro da revista Circulation, publicada pela Associação Americana do Coração.

Estudos anteriores constataram que tomar café pode provocar um pequeno aumento na pressão sanguínea de alguns consumidores. Outras pesquisas mostraram, porém, que a bebida não produz efeito sobre a pressão arterial de quem a ingere ou que o café pode até a reduzir.

No trabalho atual, a equipe de Corti avaliou os efeitos do consumo de café comum e de café descafeinado sobre seis voluntários que tomavam café habitualmente e sobre nove pessoas que consumiam a bebida apenas ocasionalmente.

Os autores verificaram que a pressão arterial dos bebedores ocasionais aumentou após a ingestão de café, enquanto os consumidores regulares não apresentaram elevação da pressão após tomar a bebida. Os integrantes de ambos os grupos sofreram aumentos semelhantes nos níveis de atividade do sistema nervoso simpático, que regula a pressão sanguínea e a frequência cardíaca.

Quem tomava café de maneira casual também apresentou elevação da pressão arterial após ingerir a versão descafeinada da bebida. Esse resultado sugere que, além da cafeína, há outros componentes ativos no café capazes de afetar a saúde cardiovascular, disse Corti à Reuters Health.

Mas surge uma dúvida. O organismo de usuários ocasionais não poderia simplesmente estar reagindo ao sabor do café descafeinado, associando-o ao da cafeína e respondendo como se tomassem café comum? Provavelmente não, disse Corti. Além do aumento na pressão, esses voluntários tiveram um salto na atividade do sistema nervoso simpático que durou de 60 a 90 minutos. De acordo com Corti, dificilmente se explica uma alteração dessa magnitude por meio de um fenômeno conhecido como efeito placebo.

Para explicar o motivo por que a pressão arterial de consumidores habituais de café não aumentou após uma xícara da bebida, Corti sugere que algo mais deve suprimir o efeito da cafeína: um outro composto do café ou mesmo uma alteração no organismo das pessoas que tomam café regularmente.

Experimentos adicionais revelaram que os consumidores regulares poderiam desenvolver alguma forma de tolerância à bebida, mas não à cafeína, explicou Corti. Quando os autores deram uma injeção intravenosa de cafeína ou placebo -- sem dizer aos voluntários o que estavam recebendo -, tanto os participantes que sempre consumiam café quanto os que tomavam ocasionalmente apresentaram aumentos semelhantes na pressão e na atividade do sistema nervoso simpático após receber a cafeína. Não houve resposta à injeção de placebo.

Na opinião de Corti, os resultados não sugerem que usuários de café devem interromper o consumo da bebida para proteger a saúde cardiovascular, embora o estudo não tenha avaliado os efeitos do consumo de quantidades elevadas de café sobre a pressão arterial e atividade nervosa. Para as pessoas que tomam uma xícara por dia, a bebida é razoavelmente segura, explicou o pesquisador.

Reuters Health

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