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Hormônio do crescimento não é fonte de juventude, indica estudo
Quarta, 13 de novembro de 2002, 09h32

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O hormônio do crescimento, amplamente promovido como um rejuvenescedor para idosos nos Estados Unidos, oferece benefícios limitados a eles e implica riscos potencialmente graves, indica um novo estudo.

Apesar de sua crescente popularidade, o hormônio do crescimento como uma estratégia antienvelhecimento "ainda não está pronto para ser indicado", disse o autor da pesquisa, S. Mitchell Harman, diretor do Instituto de Pesquisa de Longevidade Kronos, grupo sem fins lucrativos em Phoenix, Arizona.

"Essa não é uma droga milagrosa, e ela tem riscos reais", disse ele à Reuters Health.

Os homens e mulheres idosos que usaram hormônio do crescimento ganharam massa muscular e perderam gordura durante seis meses. Mas apenas os homens que tomaram o hormônio do crescimento e testosterona tiveram ganhos funcionais na força e resistência cardiovascular, e esses ganhos foram modestos, disseram Harman e colegas dos Institutos Nacionais de Saúde e outros centros.

Junto com outros efeitos colaterais, o risco de diabete e de intolerância à glicose, um precursor da diabete, foi elevado entre os homens que usaram o hormônio, acrescentaram eles na edição de 13 de novembro do The Journal of the American Medical Association.

Centenas de clínicas antienvelhecimento nos EUA já oferecem injeções de hormônio do crescimento, e lojas especializadas vendem suplementos alegando conter o hormônio, segundo Harman.

As injeções contêm uma versão sintética do hormônio do crescimento humano, que é naturalmente produzido pela glândula pituitária no cérebro e diminui com a idade. A droga sintética foi aprovada pela Food and Drug Administration, agência reguladora de drogas e alimentos dos EUA, para crianças com baixa estatura ligada a níveis de hormônio do crescimento muito baixos.

Mas a possibilidade de o hormônio ajudar a reverter os efeitos do envelhecimento ainda é tema de intenso debate.

O novo estudo envolveu 74 homens e 57 mulheres, idosos saudáveis entre 65 e 88 anos. Os participantes foram divididos em quatro grupos de tratamento: hormônio do crescimento e esteróide sexual (testosterona para homens; terapia de reposição hormonal para mulheres); hormônio do crescimento e placebo (pílula inativa) de esteróide sexual; placebo de hormônio do crescimento e esteróide sexual; ou placebo de hormônio do crescimento e placebo de esteróide sexual.

Todos os voluntários foram instruídos a manter os regimes de dieta e exercícios.

Ao final de 26 semanas, as mulheres sob hormônio do crescimento ganharam entre 0,9 e 2,2 quilos de massa muscular e perderam 2,2 quilos de gordura. Os homens que receberam o hormônio ganharam 3,1 a 4,5 quilos de massa muscular e perderam a mesma quantidade de gordura.

Mas apenas um grupo teve melhora funcional. "Nos homens, a combinação de hormônio do crescimento e testosterona apresentou um pequeno aumento na resistência e força", disse Harman. Nesse grupo, a resistência cardiovascular aumentou 8 por cento. A força muscular cresceu 7 por cento, embora esse resultado estivesse no limiar da variação estatística.

Os efeitos colaterais do hormônio do crescimento foram mais comuns em homens e incluíram inchaço nos braços e pernas, síndrome do túnel do carpo, dores nas juntas, diabete e intolerância à glicose. Dezoito homens que tomaram o hormônio desenvolveram diabete ou intolerância à glicose durante a pesquisa, comparados a sete que não estavam recebendo a substância.

E pode haver outros efeitos colaterais desconhecidos, disse Harman. Ele destacou que os idosos estão muito mais propensos a desenvolver reações adversas ao hormônio do crescimento do que as crianças.

"Não sabemos se o uso do hormônio do crescimento a longo prazo vai colocar as pessoas sob risco maior de câncer, mas certamente há razões para achar que ele pode fazer isso", de acordo com o pesquisador. O hormônio do crescimento eleva os níveis sanguíneos de outro hormônio, fator de crescimento similar à insulina. Evidências preliminares indicam que este hormônio pode causar câncer de mama e próstata.

Reuters Health

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