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Variação genética ajuda corpo a combater malária
Segunda, 11 de novembro de 2002, 09h27

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As pessoas com uma forma alterada de um gene conseguem combater melhor a malária após a infecção, de acordo com uma nova pesquisa.

A descoberta ajuda a explicar por que as pessoas respondem de forma diferente após pegar malária. Algumas apresentam apenas sintomas leves e outras ficam em estado grave e morrem, informaram cientistas.

A principal autora do estudo, Maurine R. Hobbs, da Universidade de Utah e dos Centros Médicos VA, em Salt Lake City, disse à Reuters Health que o gene em questão é o NOS2, que controla a produção de óxido nítrico no corpo.

As pessoas com variação do NOS2 produzem níveis acima do normal de óxido nítrico, explicou Hobbs. Essa substância ajuda a proteger o corpo dos prejuízos normalmente causados pelo parasita da malária.

Ela acrescentou que, no futuro, pesquisadores podem ajudar a tratar pacientes infectados com malária ao elevar os níveis de óxido nítrico, desviando o parasita de seu ciclo potencialmente fatal.

"Isso pode não curar a malária ou prevenir a infecção, mas pode ajudar a reduzir o dano", avaliou a especialista.

Durante o estudo, Hobbs e colegas analisaram amostras de sangue e urina de 1.291 crianças até 9 anos da Tanzânia e do Quênia, dois países onde a doença é relativamente comum. As crianças não estavam contaminadas ou tinham formas leves a graves da enfermidade.

Na pesquisa publicada na edição de 9 de novembro da revista The Lancet, a equipe descobriu que as crianças com a variação do gene NOS2 pareceram estar protegidas do desenvolvimento da malária cerebral, quando pode ocorrer coma. Além disso, essas crianças estavam 75 por cento menos propensas a desenvolver anemia grave devido à infecção por malária.

Em entrevista à Reuters Health, Hobbs explicou que uma quantidade extra de óxido nítrico ajuda o corpo a eliminar glóbulos vermelhos infectados com o parasita.

Durante a infecção, os glóbulos vermelhos infectados são marcados com uma proteína na superfície e essa proteína pode aderir ao revestimento interno das paredes sanguíneas, o que impede que as células sanguíneas atinjam o baço, onde seriam eliminadas do corpo, explicou a pesquisadora.

Quando uma quantidade suficiente de glóbulos vermelhos se acumula, os órgãos acabam não recebendo oxigênio suficiente, o que causa as consequências mais graves da malária, segundo Hobbs.

O óxido nítrico ajuda a prevenir o acúmulo de glóbulos vermelhos infectados, ao reduzir a aderência às paredes internas dos vasos sanguíneos, afirmou ela.

Mas o uso do óxido nítrico no tratamento de pessoas com malária pode não ser tão fácil quanto parece, ressaltou a especialista. A substância pode se combinar com o oxigênio e formar perigosos radicais livres.

De acordo com Hobbs, a descoberta ajuda pesquisadores ao contribuir para a compreensão geral do caminho da malária no corpo.

Reuters Health

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