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Vacina protege mulheres contra infecção por herpes genital
Quinta, 21 de novembro de 2002, 16h55

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Há décadas pesquisadores procuram uma vacina contra o herpes genital. Agora um novo estudo apresenta o primeiro sinal de que um dia pode ser possível imunizar pelo menos as mulheres contra essa doença crônica.

A equipe do pesquisador Lawrence R. Stanberry, do setor médico da Universidade do Texas, em Galveston, nos EUA, verificou que a vacina testada protegeu cerca de 75 por cento das mulheres não infectadas pelo HSV-1 (vírus do herpes oral, que geralmente provoca bolhas ao redor da boca) contra a infecção pelo HSV-2, agente responsável pelo herpes genital.

A vacina se mostrou menos eficiente no caso de mulheres já infectadas pelo HSV-1 ou para os homens, explicou Stanberry à Reuters Health. Mesmo uma vacina capaz de proteger apenas parte da população sexualmente ativa teria um grande impacto, pois quanto menor o número de portadores do vírus, menor o número de pessoas que podem ser infectadas, já que a principal forma de transmissão é pelo contato sexual.

Essa vacina também pode ser particularmente útil para evitar que recém-nascidos contraiam o vírus da mãe, observou o especialista. "O fato de conseguirmos proteger uma parcela da população é muito importante. Talvez, no futuro, possamos produzir uma vacina melhor", disse Stanberry.

Para o autor, caso a eficácia da vacina seja confirmada por outras pesquisas, seria recomendável aplicá-la em todas as mulheres jovens antes que iniciem a vida sexual. A equipe testou a eficiência da nova vacina em um grupo de 847 voluntários não infectados pelo HSV-1 nem pelo HSV-2, e em 1.867 livres apenas do HSV-2. Todos os voluntários tinham relações sexuais regulares com um parceiro afetado pelo herpes genital.

O grupo recebeu a vacina ou placebo (substância inócua) no início do estudo, ao final do primeiro e do sexto mês. Os pacientes foram monitorados durante 19 meses para verificar se haviam sido contaminados pelo HSV-2.

No primeiro estudo, o parceiro com herpes genital concordou em não tomar medicamentos para diminuir os níveis sanguíneos do vírus. Os integrantes do segundo grupo puderam se submeter a tratamento. Cerca de 65 por cento dos voluntários disseram que nunca usavam preservativos ou os utilizavam em menos da metade das relações.

Segundo artigo, publicado na edição de 21 de novembro do New England Journal of Medicine, a equipe verificou que, entre pessoas não infectadas pelo HSV-1 nem pelo HSV-2, a vacina evitou que 38 por cento contraíssem o vírus do herpes genital dos parceiros. Entre as mulheres, a eficácia da vacina foi bem maior, chegando a 73 por cento.

No segundo estudo, a vacina impediu a infecção em 42 por cento das mulheres, mas foi mais efetiva entre as não infectadas pelo HSV-1, das quais 74 por cento não haviam contraído o HSV-2 ao final do estudo.

Stanberry lembrou que algumas mulheres protegidas contra o HSV-2 foram infectadas pelo vírus, mas não apresentaram sintomas de herpes genital. Não ficou claro se elas poderiam infectar outras pessoas. O autor explicou que a vacina poderia ser considerada um avanço em relação às anteriores por conter um ingrediente diferente, cujo propósito é ajudar o organismo a combater futuras infecções. O ingrediente usado na nova vacina contra o herpes "provoca uma forma distinta de resposta imunológica, mais forte", disse o pesquisador.

Sobre as mulheres terem respondido melhor à imunização, o especialista acredita que isso se deva ao fato de elas apresentarem uma resposta imunológica mais intensa, capaz de protegê-las contra o vírus. Além disso, a vacina poderia oferecer mais proteção às mucosas, como as presentes na vagina, por onde as mulheres tendem a ser infectadas. Em homens, o vírus entra por meio de rupturas na pele em áreas como o pênis, e a vacina poderia ser menos eficiente para proteger essas regiões.

Segundo Stanberry, estudos anteriores sugeriram que pessoas infectadas pelo HSV-1 podem ser menos propensas à infecção pelo HSV-2, e a vacina poderia não ser capaz de estimular o efeito protetor natural do HSV-1. Essa poderia ser uma explicação para o fato de as mulheres infectadas pelo HSV-1 terem obtido uma proteção menor com vacina contra o HSV-2.

Reuters Health

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