Vida e Saúde Saúde em dia
Capa
ABC da Saúde
Boa forma
Dicas de Saúde
Gravidez e Filhos
Notícias de Saúde
Qualidade de Vida
Sexo e Saúde
Vida Saudável
Sites relacionados
Medicinal
Plástica e Beleza
Boletim
Receba novidades de Vida e Saúde todo semana em seu e-mail
Fale conosco
Envie críticas e sugestões
Saúde em dia
  DOENÇAS
Universitários exageram no álcool mas não vêem riscos
Terça, 22 de outubro de 2002, 20h32

Confira também
Todas as notícias relacionadas
 
Uma pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revela que cerca de 25 por cento dos universitários abusam das bebidas alcoólicas. E, apesar de beber exageradamente, a grande maioria desses estudantes acha que o uso do álcool não é excessivo ou problemático, o que pode levar a drásticas consequências.

"Esses 25 por cento bebiam até chegar ao ponto da embriaguez. Isso mata mais do que as complicações crônicas do alcoolismo, como a cirrose", disse a professora Florence Kerr-Corrêa, uma das coordenadoras do estudo, na terça-feira.

Inicialmente, os pesquisadores analisaram questionários respondidos por 3.648 estudantes matriculados na Unesp. Deste total, eles verificaram que 916, ou cerca de 25 por cento, consumiam bebidas alcóolicas acima do normal e decidiram analisar apenas 318 alunos.

O surpreendente, segundo ela, é que os universitários não achavam que estavam ingerindo grandes quantidades de álcool diariamente ou ocasionalmente. Cada estudante foi informado, individualmente, que havia sido selecionado por estar entre os 25 por cento que mais bebiam na universidade. A informação foi recebida com surpresa pela maioria.

"O problema não fica apenas nisso. Quando os universitários bebem, eles se drogam, fazem sexo sem proteção e correm mais riscos de morrer em acidentes de trânsito", afirmou a pesquisadora à Reuters.

Quase 83 por cento dos entrevistados bebiam com amigos e o principal incentivo para deixar de beber, para cerca de 22 por cento deles, era o fato de economizar mais dinheiro.

Apesar dos estudantes do sexo masculino serem os mais vulneráveis ao abuso do álcool, as meninas fazem parte do grupo de risco e, de acordo com os pesquisadores, isso se deve ao fato de estarem morando longe dos pais e quererem provar mais da liberdade.

Kerr-Corrêa explicou à Reuters que a pesquisa será usada em outras universidades para incentivar a criação de campanhas nos campi, com o objetivo de ensinar os universitários a beber com responsabilidade, seguindo quantidades apropriadas para o sexo e o peso.

"Não adianta proibir. Queremos ensinar os estudantes a beber com pouco risco. No caso dos meninos, por exemplo, eles podem beber, em média, dois drinques por dia, mas não mais que quatro. Já entre as meninas, esse valor ficaria entre um e três drinques", afirmou Kerr-Corrêa, acrescentando que um drinque era equivalente a 350 mililitros (ml) de cerveja, a uma taça de vinho ou a 50 ml de destilados, como uísque e aguardente.

Na Unesp, com a introdução do programa de redução de danos, conhecido pela sigla Basics e desenvolvido na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, a equipe notou, em seis meses, que houve uma redução de 50 por cento no número de acidentes de carro entre os rapazes.

"Ainda queremos mais. Sabemos que 50 por cento das pessoas que chegam aos prontos-socorros estão alcoolizadas e um grande número de jovens deixa de praticar sexo seguro quando está embriagada", afirmou a professora. "Vamos manter campanhas anuais e torcer por mais resultados animadores."

Reuters

volta

 » Condições de uso do canal Vida e Saúde
 » Conheça o Terra em outros países Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2002,Terra Networks, S.A Proibida sua reprodução total ou parcial
  Anuncie  | Assine | Central do Assinante | Clube Terra | Fale com o Terra | Aviso Legal | Política de Privacidade