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Flúor encontrado guloseima, creme dental e água pode prejudicar dentes
Segunda, 11 de novembro de 2002, 19h53

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Pais de crianças de 11 meses a 7 anos devem tomar cuidado redobrado com a água, com os alimentos aparentemente "inofensivos" e com o excesso de pasta de dente, já que quantidades variáveis e elevadas de flúor podem causar um problema que deixa os dentes quebradiços e porosos, alertaram pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

A água, mesmo filtrada ou fervida, biscoitos, achocolatados, sorvetes, refrigerantes - todos alimentos atrativos para as crianças -, combinados com o excesso de pasta de dente, podem prejudicar a dentição infantil através da fluorose.

Apesar de evitar cáries, quando usado acima do padrão o flúor é nocivo para a saúde humana, especialmente a de crianças no período de formação dos dentes.

Com a fluorose, os dentes ficam porosos, quebradiços e adquirem uma coloração que varia de esbranquiçada a marrom. A doença pode acarretar danos à mastigação e à estética.

Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), da USP analisaram uma série de alimentos consumida comumente por crianças, como achocolatados em pó, cereais, bolachas doces recheadas, chocolates, chás, sucos, refrigerantes, iogurtes e sorvetes.

Eles detectaram um excesso de flúor na maioria dos produtos, o que provavelmente se deve ao uso da água fluoretada no processo de industrialização.

"O ideal é evitar o consumo excessivo de achocolatados, cereais e alguns tipos de bolachas que podem corresponder até 30 por cento da dose limite de ingestão diária de flúor", disse a professora Marília Afonso Rabelo Buzalaf, chefe da pesquisa.

"Quando avisamos os fabricantes sobre nossos resultados, eles não sabiam do excesso de flúor contido em seus produtos e nunca haviam analisado a presença da substância."

Por esse motivo, a pesquisadora acredita que deveria existir uma legislação obrigando a indicação da quantidade de flúor na embalagem de alimentos industrializados, especialmente os preferidos das crianças.

O grupo de pesquisa também analisou 240 amostras de água durante quatro semanas em 20 regiões de Bauru, cidade a 340 quilômetros de São Paulo, com o objetivo de verificar se os níveis de flúor estavam dentro do padrão. O nível ideal da substância para evitar as cáries e não prejudicar a saúde dos consumidores é entre 0,6 e 0,8 parte por milhão (ppm).

"O flúor é tóxico e prejudicial se ficar acima desse valor. Caso esteja abaixo do índice ideal, não ajuda a manter os dentes saudáveis", disse a professora à Reuters.

Após analisar as amostras de água, os cientistas verificaram que a fluoretação não segue um padrão de dosagem e alguns problemas operacionais na estação de tratamento podem tornar os índices de flúor variáveis.

Em quase a metade das amostras, o nível do flúor estava muito abaixo de 0,6 ppm e em algumas, muito acima, chegando até 1,7 ppm.

De acordo com Buzalaf, não adianta filtrar ou ferver a água que será consumida. Se for fervida, a água evapora, aumentando a concentração de flúor e acentuando o problema.

"A opção é a água mineral, principalmente no preparo do leite em pó e da comida infantil. Os pais também devem evitar que as crianças engulam ou usem muita pasta de dente", sugeriu ela.

"Geralmente o creme dental é colocado no sentido longitudinal das cerdas. O ideal é que seja depositado no sentido transversal da escova, numa quantidade não superior ao tamanho de uma ervilha", explica.

A fluorose passou a ser detectada com maior intensidade na década de 80, quando surgiram os cremes dentais fluoretados. Ela pode ser diagnosticada após a erupção dos dentes e por meio de um exame clínico.

No entanto, como se passam alguns anos desde a ingestão excessiva de flúor até a erupção, uma boa medida de prevenção seria avaliar a ingestão de flúor da criança durante a época da formação dos dentes.

Reuters

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