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Técnica anticâncer que retira órgão pode estar disponível logo
Quinta, 19 de dezembro de 2002, 18h17

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Um cientista italiano que tratou o câncer de fígado de um homem por meio de uma técnica em que o órgão é removido, submetido à radiação e depois é implantado novamente no corpo disse, na quinta-feira, que o tratamento pode estar disponível para o público em dois ou três anos.

O homem, de 48 anos, foi o primeiro paciente a ser submetido à cirurgia inovadora. Um ano depois de ser operado em um hospital de Pavia, ao norte da Itália, ele está livre da doença. "Antes da cirurgia, os médicos disseram que ele tinha 4 ou 5 meses de vida. Agora ele está bem, trabalhando e amando a vida", afirmou o professor Tanzio Pinelli, do Instituto Nacional de Medicina Nuclear da Itália, em entrevista à Reuters. "Ainda há pesquisas a serem feitas, mas o tratamento pode estar disponível ao público em dois ou três anos."

O paciente ficou sem o fígado por 11 minutos, enquanto o órgão era levado a uma câmara nuclear no hospital de San Matteo a fim de ser submetido a altas doses de radiação necessárias para matar mais de 14 tumores. Toda a operação durou 21 horas.

Ele não apresentou efeitos colaterais da cirurgia radical, segundo Pinelli, que vem desenvolvendo a terapia há mais de 15 anos. Os detalhes do procedimento foram apresentados na revista New Scientist na quarta-feira.

Mais pacientes serão submetidos à terapia, mas há uma idade máxima de 55 anos, pois eles precisam estar fortes o suficiente para suportar o trauma da cirurgia, disse o cientista. "Temos cerca de seis pacientes. Eles são muito jovens, em torno de 30 anos. Esperamos tratá-los nos primeiros meses do ano. Estamos confiantes, muito confiantes em obter os mesmos resultados."

Pinelli e o cirurgião Aris Zonta decidiram testar a técnica, conhecida como terapia por captura de nêutron de boro, pois o câncer de cólon e fígado do paciente estava tão disseminado que a radioterapia convencional destruiria o órgão.

O procedimento envolve a injeção de um fluido contendo átomos de boro no paciente e o uso de um feixe de nêutrons de baixa energia, a fim de quebrar o boro em partículas que matam as células cancerosas.

Mas uma dose uniforme de nêutrons é necessária para tratar todo o órgão, de modo que os cirurgiões removeram o fígado para evitar o risco do feixe ser desviado pelos ossos ou por outras partes do corpo. "Também podemos usar a terapia de boro para tratar o pâncreas, os rins e os pulmões", afirmou Pinelli.

A terapia custa atualmente cerca de 102.400 dólares. "Mas quando o procedimento for adotado como uma cirurgia normal, o preço cairá."

Reuters

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