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Quimioterapia frequente é mais eficaz contra câncer de mama
Sexta, 13 de dezembro de 2002, 13h03

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Diminuir o intervalo entre as doses de quimioterapia pode ajudar a reduzir o risco de recorrência de câncer de mama, informou um pesquisador de Nova York, durante apresentação de estudo no simpósio anual de San Antonio sobre Câncer de Mama.

Segundo o cientista, além disso, quando os agentes da quimioterapia foram ministrados um após o outro, em uma sequência, os efeitos tóxicos sobre os pacientes se mostraram menores do que quando as substâncias foram usadas de forma combinada.

O acréscimo de um estimulante de glóbulos brancos à mistura ajudou a evitar internações decorrentes de neutropenia, distúrbio caracterizado por uma redução em células sanguíneas que combatem infecções, efeito colateral da quimioterapia frequente, disse Marc Citron, professor de medicina do Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York.

"Para pacientes com câncer de mama, estudar a frequência da dosagem é uma área importante de pesquisa", disse Citron à Reuters Health. Uma nova geração de estudos sobre a doença concentra-se em um regime quimioterápico com intervalos menores, conhecido como abordagem " de dose concentrada", disse o especialista. Se os resultados forem confirmados, esse tipo de tratamento pode ficar mais acessível para os pacientes.

"Dosagens mais frequentes podem ser uma opção para alguns doentes. Ainda não é o padrão de atendimento para certos tipos de câncer de mama, mas é uma opção que será discutida com os pacientes após a divulgação desses resultados", disse Citron.

No estudo, a equipe de Citron acompanhou 2.005 pacientes com câncer de mama, submetidas à cirurgia, tanto à lumpectomia (cirurgia de mama que remove apenas o tumor e tecidos circunvizinhos) quanto à mastectomia (remoção da mama) e à extração de nódulos linfáticos. Todas as mulheres apresentavam metástases nos linfonodos (nódulos linfáticos), situação em que geralmente há indicação para quimioterapia.

O estudo tinha dois objetivos : verificar se a redução do intervalo entre as doses de quimioterapia ajudava a reduzir a recorrência de câncer de mama e comprovar se a quimioterapia sequencial tem uma toxicidade menor do que a combinada.

Os pacientes foram escolhidos aleatoriamente para passar por um entre quatro regimes de tratamento. Algumas voluntárias foram submetidas a um ciclo de duas semanas (grupo da dose concentrada, com intervalos menores entre as doses de quimioterapia) e outras receberam um tratamento em um ciclo de três semanas.

Um terceiro grupo usou um medicamento durante um ciclo e depois alterou o regime para o outro (grupo sequencial), enquanto outras usaram a combinação de drogas.

No grupo da dose concentrada, as pacientes também receberam uma versão geneticamente modificada de um estimulador da produção de granulócitos, o filgastrim, que intensifica a regeneração de glóbulos brancos.

Os pesquisadores verificaram que o tratamento com dose concentrada correspondeu a uma redução de 26 por cento no risco de recorrência e a uma melhora de 31 por cento nos índices de sobrevida.

"Oitenta e dois por cento das sobreviventes que ficaram livres da doença estavam no grupo da dose concentrada e 75 por cento no grupo da terapia convencional", disse Citron à Reuters Health. "Não houve diferença de eficácia entre o tratamento combinado e o sequencial, mas o sequencial mostrou-se menos tóxico."

O tratamento com doses mais frequentes de quimioterapia também foi associado à redução nas internações por neutropenia, resultado atribuído por Citron à administração da droga que estimulou os glóbulos brancos.

No grupo da dose concentrada, 13 por cento das pacientes receberam transfusão de hemácias, comparadas a menos de 4 por cento nos outros grupos.

"Esse resultado surpreendeu-me, pois há medicamentos para estimular as hemácias", disse o especialista. "Na minha experiência no consultório, não havíamos feito nenhuma transfusão."

Na sua opinião, a taxa de transfusões pode estar relacionada a fatores ligados aos planos de saúde, pois algumas empresas não cobrem o tratamento de estímulo aos glóbulos vermelhos, a menos que a hemoglobina -- substância responsável pelo transporte de oxigênio -- atinja determinados níveis mínimos.

O estudo foi financiado pelo National Cancer Institute (NCI) e pela Amgen, empresa que produz a droga que estimula os glóbulos brancos. Alguns pesquisadores trabalhavam no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, instituição que descobriu e licenciou a droga para a Amgen.

Reuters Health

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