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Saúde em Dia
  ESTUDO
Cerveja e vinho podem influenciar o risco de demência
Terça, 15 de outubro de 2002, 13h45

Dizem que você é aquilo que você come. Um novo estudo sugere que o que você bebe também pode influenciar o bom funcionamento da sua mente na velhice. A equipe coordenada por Thomas Truelsen, do Instituto de Medicina Preventiva de Copenhague, Dinamarca, descobriu que as pessoas que tomavam cerveja - até mesmo apenas uma vez por mês - tinham tendência mais de duas vezes superior a manifestar uma deterioração do funcionamento mental, conhecida como demência, após os 65 anos de idade em comparação com os que não consumiam a bebida.

Em contraste, as pessoas que tomaram vinho semanalmente estavam 70% menos propensas do que as que não tomavam a bebida a desenvolver o problema depois dos 65. O consumo regular de bebidas alcoólicas parece não ter efeito no risco de desenvolver demência, relataram os autores do estudo.

Entretanto Truelsen explicou que mais pesquisas serão necessárias antes que os médicos possam recomendar com segurança que as pessoas consumam vinho para afastar o risco de deterioração mental. A quantidade precisa de álcool que os participantes do estudo consumiram ao longo da vida não está claro, observou ele, e, para alguns, o consumo pode mais prejudicar do que ajudar. "Não estou dizendo que as pessoas deveriam tomar vinho", advertiu Truelsen.

A demência é frequentemente causada pelo mal de Alzheimer, mas pode ter outras causas, incluindo mal de Parkinson e problemas com os vasos sanguíneos que reduzam o fluxo sanguíneo até o cérebro. Os resultados do atual estudo são baseados em levantamento a respeito do consumo de álcool por quase 2 mil pessoas, incluindo perguntas sobre o tipo de bebida ingerida e frequência de consumo. Quinze anos depois, quando todos os voluntários estavam com pelo menos 65 anos, foram procurados pelos pesquisadores, que então compararam comportamentos associados ao consumo de álcool para aqueles que bebiam e aqueles que não desenvolveram demência.

Como a escolha do tipo de bebida poder estar relacionada à condição socioeconômica - que também pode influenciar o comportamento associado à saúde em geral -, os pesquisadores levaram em conta a renda e o nível escolar dos participantes do estudo. Truelsen e sua equipe descobriram que 83 homens e mulheres haviam desenvolvido demência enquanto os 1.626 restantes permaneceram livres do problema.

Cruzando as informações sobre função mental e consumo de bebidas alcoólicas, os pesquisadores detectaram que os que tomavam cerveja regularmente, com qualquer frequência, estavam duas vezes mais propensos a desenvolver demência na velhice.

Entretanto os que tomaram vinho semanalmente apresentavam uma tendência 70 por cento menor de desenvolver problemas mentais numa fase posterior. Aqueles que bebiam vinho mensalmente tiveram uma queda de 60 por cento no risco de demência.

Os entrevistados que consumiam vinho diariamente não estavam menos propensos do que os que não bebiam a desenvolver demência na velhice.

Os pesquisadores apresentaram seus resultados na 127a reunião anual da Associação Americana de Neurologia em Nova York na segunda-feira. O estudo não pode provar que a ingestão de vinho previna a demência - outros fatores referentes ao estilo de vida poderiam ser responsáveis pela associação. Entretanto o coordenador da pesquisa explicou em entrevista que o vinho tinto contém substâncias conhecidas como flavonóides, antioxidantes que ajudam a proteger os vasos sanguíneos de substâncias prejudiciais denominadas radicais livres. Os radicais livres são partículas que estão presentes naturalmente no organismo e que têm sido associadas ao mal de Alzheimer e à demência vascular, resultado da redução no suprimento de sangue para o cérebro.

O pesquisador enfatizou que o atual estudo não tem como objetivo encorajar as pessoas a tomar vinho, mas ajudar a fornecer informações para o debate relativo aos benefícios potenciais dos antioxidantes e estimular pesquisas adicionais.

Reuters Health

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