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Para Alonso, F1 deveria reduzir diferenças entre as equipes

Fernando Alonso acredita que a grande diferença de desempenho entre as equipes é um dos maiores problemas da categoria no momento

21 set 2021 - 05h00
(atualizado às 20h00)
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Fernando Alonso, da Alpine
Fernando Alonso, da Alpine
Foto: Fernando Alonso / Twitter

Fernando Alonso, da Alpine, é um dos pilotos mais experientes do grid da Fórmula 1. Bicampeão e com vivência na categoria desde 2001, quando estreou pela Minardi, o espanhol tem bagagem de sobra para apontar o que mais lhe agrada e desagrada na categoria. E ele não tem dúvidas em dizer o que mais o incomoda na F1 atual: a grande diferença de desempenho entre as equipes. 

Em entrevista ao portal Autosport, Alonso afirmou ser primordial que a Fórmula 1 se preocupe em mitigar essas diferenças para que o talento dos pilotos possa se sobressair: “o que temos que focar, e provavelmente ano que vem é o primeiro passo, é na diferença entre os carros”. 

“Se você tiver sorte de pilotar um carro competitivo, você só disputa com seu colega de equipe, e vai terminar no pódio em 95% das corridas”, exemplificou Alonso. “Não importa se você é um novato de 19 anos ou o cara mais velho, de 45, você vai estar em 95% dos pódios.” 

Para Alonso, da forma como as coisas são hoje, é muito improvável que um piloto de uma equipe intermediária consiga subir ao pódio, mesmo que faça boa corrida. “Precisamos estar um pouco mais abertos para que qualquer um que esteja em um dia inspirado possa lutar por pódios. No momento, isso não é possível.” 

Tido como um dos pilotos mais talentoso da Fórmula 1, Alonso faz em 2021 sua reestreia na categoria depois de dois anos fora. Atualmente, ele ocupa o 10º lugar na classificação geral, tendo pontuado em 10 das 14 corridas realizadas até o momento. Ele entende que o desenvolvimento de um piloto é um processo longo e contínuo, e que merece ser mais valorizado pela categoria.  

Do alto de sua vasta experiência, o bicampeão detalhou como acontece o desenvolvimento das habilidades de um piloto após chegar à Fórmula 1. “Quando você entra nesse esporte, você vê que há algumas grandes diferenças comparado às categorias de acesso. Por três ou quatro anos, você fica aprendendo sobre o sistema e como as coisas funcionam. Depois disso, você começa o passo seguinte, que é aprender a maximizar o potencial do carro.” 

“Não é mais sobre pilotar no limite, como normalmente você fazia no kart ou categorias juniores”, continuou Alonso. “Aqui, você tem que lidar com diferentes problemas e cenários em uma corrida: degradação dos pneus, estratégia, coisas que você vai tendo que administrar todo fim de semana.” 

Exaltando o valor da experiência, o piloto da Alpine prosseguiu: “chega um momento que você é melhor e melhor a cada corrida e cada vez que entra no carro, porque você aprendeu mais sobre o carro e sobre como a equipe pode te ajudar a desenvolver seu estilo de pilotagem especialmente para aquele ano, para aquele pneu e para aquela configuração aerodinâmica. Aí, no ano seguinte, tudo zera e você tem que reaprender algumas coisas. Então, você está constantemente melhorando enquanto piloto.” 

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