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O que esperar do GP do Qatar, este terreno desconhecido

Desde a fundação do circuito, os qataris queriam a F1. Agora, tem a oportunidade de ser um ponto de definição do campeonato 2021

18 nov 2021 - 14h18
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Losail vista do alto
Losail vista do alto
Foto: Alfa Romeo F1 / Twitter

A F1 começa a segunda parte da sua turnê pelo Oriente Médio neste domingo, chegando ao circuito de Losail, no Qatar. Inaugurado em 2004, sempre foi intenção dos qataris levar a F1 para o país, dentro da estratégia de incentivar o turismo e buscar novas fontes de renda. A pista é uma ilustre desconhecida da categoria, embora vários tenham batido ponto no circuito, sendo mais relevante a MotoGP.  

Mesmo com toda a tecnologia envolvida atualmente para simulação, inclusive podendo contar com a telemetria das motos, as equipes vão com poucos parâmetros para esta corrida. Claro que usaram o que podiam, mas tem umas boas variáveis a serem levadas em conta...

Primeiro, a pista é pouco usada. Mas tem um asfalto bem abrasivo, além de ter a areia sujando boa parte. Por segurança, a Pirelli optou por levar a gama mais dura dos compostos disponíveis (C1/C2/C3). Sem contar que teremos a mesma situação de Bahrein e Abu Dhabi: treinos começando durante o dia e classificação e corrida à noite. A variação de temperatura torna o ajuste de carro e gestão de pneus algo complicado.

Em termos de acerto, é uma pista de média velocidade. As equipes devem vir com um acerto de compromisso. Embora tenha uma parte com muitas curvas, os times não podem abrir mão da velocidade na parte final e principalmente para a reta dos boxes, com mais de 1km e onde será a única área de uso do DRS. 

Mapa do circuito, com velocidades máximas e marchas
Mapa do circuito, com velocidades máximas e marchas
Foto: Mercedes AMG F1 / Divulgação

Vendo as corridas de MotoGP e algumas simulações na internet, indica que será uma corrida onde os times jogarão pesado nos treinos e jogarão muito com a estratégia. Alguns falam até em três paradas. Entretanto, vai depender muito de como será o desgaste na sexta para definir esta situação...

A  MotoGP fez voltas em 1:52 e chegou a uma velocidade máxima de 362 km/h. Se espera que a F1 faça voltas cerca de 30 segundos mais rápida, mas não chegue à velocidade máxima das motos justamente pela carga aerodinâmica gerada pelos carros. 

Em relação a ultrapassagens, o único ponto que se desenha claro é a aproximação da Curva 1. Dependendo de como seja a diferença de desempenho, poderemos ver alguma coisa sendo tentada na Curva 4 e até mesmo na Curva 16. As perspectivas não parecem muito boas em termos de dinâmica de prova. Teoricamente, será uma daquelas em que largada e paradas decidirão tudo. Mas estamos em 2021....

E para que lado a balança penderá? Mercedes ou Red Bull? Não dá para cravar uma favorita com certeza. Vimos a Mercedes se dando melhor em pistas mais rápidas se aproveitando do motor e a Red Bull com mais força em pistas que exigem uma melhor negociação de curvas, graças ao melhor tratamento aerodinâmico. Vendo as últimas etapas, podemos dizer que a Mercedes deve se dar melhor no último trecho da pista e a Red Bull no segundo. Porém , já vimos a lógica sendo destroçada ao longo desta temporada... Se me perguntar, eu tendo a apostar alguns centavos na Mercedes.

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