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Haas cogita contratar terceiro piloto mais experiente

Günther Steiner, chefe de equipe, fala sobre a importância de ter piloto mais experiente no time. Pietro Fittipaldi é o atual 3º piloto

24 set 2021 - 20h59
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Pietro Fittipaldi é o piloto reserva da Haas.
Pietro Fittipaldi é o piloto reserva da Haas.
Foto: Pietro Fittipaldi / Divulgação

A Haas anunciou ontem (23) que manterá a dupla de pilotos atual para a temporada de 2022. Mick Schumahcer e Nikita Mazepin são novatos na categoria, e a falta de experiência de ambos é sentida pela equipe no desenvolvimento do carro e em ritmo de corrida. 

Até o ano passado, o time contava com dois pilotos com mais vivência no esporte: Romain Grosjean e Kevin Magnussen. O piloto reserva, tanto no passado quanto atualmente, é o brasileiro Pietro Fittipaldi, que, apesar de já ter pilotado nas mais diversas categorias do automobilismo, também não tem grande rodagem na Fórmula 1. Pietro só correu em duas corridas de F1 em sua carreira, ambas em 2020, em substituição à Grosjean quando este sofreu forte acidente no Barein. 

Durante as atividades de imprensa do GP da Rússia, Günther Steiner, o chefão da Haas, foi questionado se a falta de um piloto mais experiente no time poderia deixar a equipe “sem referências” em termos de acertos e desenvolvimento de carros, e concordou. 

“Você está correto, não temos referência, a referência se foi. E isso é um piloto experiente”, afirmou Steiner à Autosport. Mas ele admitiu não saber ao certo como contornar com a situação. “Não sei como vamos fazer, há mais de uma forma de fazer isso. Convesamos um pouco sobre o tema, mas ainda não fizemos nada de fato.” 

Steiner reconheceu que seus pilotos estão progredindo e apontou uma dificuldade na ideia de contar com um piloto mais veterano: em uma era sem testes privados, colocá-lo no carro significa tirar tempo de pista de seus titulares, o que, em última instância, pode atrapalhar seus desenvolvimentos. 

“Você pode ver muito pelos dados, como eles [Schumacher e Mazepin] melhoraram, podemos ver muita informação”.  E seguiu: “É sempre difícil se você tem um reserva como sua referência, digamos assim, porque você teria que tirá-los dos carros em testes e tudo mais.” 

O chefe da equipe deu sua opinião sobre o tema: “Espero que não precisemos fazer isso, porque não é bom você colocar alguém só para virar a referência e fazer seus pilotos titulares perderem tempo de pista. É uma decisão muito difícil.” 

Para ele, a esperança é que o carro de 2022 seja bom o suficiente para que não seja necessário contratar um novo piloto: “Espero que o carro seja estável o bastante para que eles possam extrair o máximo possível. Quanto melhor o carro, mais fácil de desenvolver ele é. Um carro estável te faz mais rápido porque dá confiança.” 

Pietro Fittipaldi foi o úlitmo brasileiro a participar de uma corrida de Fórmula 1 e é, atualmente, o único brasileiro reserva de uma equipe da categoria. Portanto, em teoria, não há nenhum conterrâneo mais perto de assumir uma vaga na F1, mesmo que temporariamente, do que ele. 

Uma eventual contratação de um novo piloto reserva pela Haas pode dificultar ainda mais a participação brasileira na F1 novamente, uma vez que Pietro deixaria de ser o primeiro na “linha sucessória” da Haas – isso se continuar na equipe para o ano que vem. Apesar de Guenther Steiner se posicionar de forma contrária à contratação de um novo piloto, a decisão não cabe só a ele. 

“Vou discutir internamente com os engenheiros o que é melhor para a equipe, mas ainda não tomamos nenhuma decisão. Ainda há muitas ideias circulando por aí, mas não decidimos nada”, afirmou Steiner. E quando seria essa decisão? “Será depois do fim da temporada, se tivermos mesmo que tomar uma decisão assim”. 

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