Fórmula 1 volta domingo no Bahrein, mas vem muito diferente
Live do Lito Cavalcanti: F1 tem menos tempo de treinos, pneus mais duros, carros mais nervosos e regras para evitar que alguém dispare
A Fórmula 1 que se verá a partir deste fim de semana durante o Grande Prêmio do Bahrein, que abrirá a temporada de 2021, pode não parecer tão mudada. A aparência dos carros é quase a mesma – mas os detalhes mostram outra realidade. Os monopostos deste ano devem ter o mínimo de 749 quilos, três a mais do que no ano passado. O assoalho foi estreitado em sua parte posterior, forçando uma ampla revisão de todo o conceito aerodinâmico dos carros.
Estas medidas se unem aos pneus mais duros, projetados para terem maior duração, resultando em menor velocidade e mais dificuldade para os pilotos nas freadas e nas curvas. Para dificultar, pilotos e engenheiros terão menos tempo para acertar seus carros. Além disso, as duas sessões de treinos livres das sextas-feiras terão apenas uma hora de duração, 30 minutos menos do que antes para pilotos e engenheiros acertarem os carros. O objetivo dessas mudanças é reduzir a vantagem das equipes ricas, que contam com muitos recursos tecnológicos do que as adversárias.
Para completar o quadro, uma escala regressiva vai fazer com que as primeiras colocadas do campeonato usem por menos tempo o túnel de vento, onde são desenvolvidas as melhorias aerodinâmicas a serem adotadas ao longo do ano. A Mercedes, campeã do ano passado, só poderá usar essa ferramenta 36 vezes por semana; já a Williams, última em 2020, poderá usá-la 45 vezes no mesmo período.
Neste vídeo, Lito Cavalcanti e Cassio Politi explicam estas mudanças e fazem um prognóstico do Grande Prêmio do Bahrein, onde será disputada, no próximo fim de semana, a primeira etapa do campeonato de 2021.