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Está decidido: Hamilton é desclassificado e larga em último

Após muita discussão, FIA pune Hamilton por irregularidade no DRS de seu Mercedes. Com isso, o inglês larga da última posição na sprint

13 nov 2021 - 14h19
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Irregularidade foi detectada na asa traseira do Mercedes de Hamilton
Irregularidade foi detectada na asa traseira do Mercedes de Hamilton
Foto: Mercedes / Twitter

Tudo começou após a sessão de classificação, ontem (12) à tarde. A FIA constatou que a o DRS do Mercedes de Lewis Hamilton estava abrindo além dos 85 mm permitidos pelo regulamento. Isso diminui o arrasto do carro quando a asa está aberta, o que aumenta a velocidade em retas. Infração passível de punição, e das mais severas: o inglês perderia todas as posições no grid da sprint desse sábado (13), o que colocaria a perder todo o trabalho de ontem, quando foi o mais rápido do dia. 

Cerca de duas horas depois do fim da classificação, a FIA convocou membros da Mercedes para uma reunião em Interlagos. A expectativa era de que a punição seria anunciada a qualquer momento pois, em teoria, seria uma análise técnica objetiva. Se a asa abre menos que 8,5 cm, está regular. Se abre mais, irregular. Não há muita margem para apelação em casos. Mas a reunião seguiu. E seguiu. E seguiu mais um pouco. 

Foi quando veio à tona um outro ingrediente para essa salada: Max Verstappen, ao sair de seu Red Bull após a classificação, mexeu tanto na asa de seu próprio carro quanto no de Hamilton. O regulamento seria acionado mais uma vez, pois ele proíbe qualquer alteração nos carros quando eles estão em regime de parque fechado, que, nesse fim de semana, começou a valer justamente após a classificação. Verstappen fez isso. Pior: ao manusear justamente o ponto do carro de Hamilton em que foi detectada uma possível irregularidade, o holandês abriu margem para a Mercedes alegar que a evidência fora alterada. 

Já eram dez horas da noite em São Paulo quando a FIA comunicou que a decisão só seria tomada na manhã de sábado. Uma reunião com Max Verstappen foi convocada para às 9:30 da manhã. O holandês ficou cerca de 15 minutos com os comissários da FIA, e, assim que saiu, se juntou à Christian Horner, Adrian Newey e Helmut Marko no espaço da Red Bull. 

Às 10:30, nova reunião com membros da Mercedes – dessa vez, com a participação de Hamilton. A conversa com os oficiais da FIA foi um pouco mais longa do que àquela tida pela Red Bull momentos antes. Dezenas de jornalistas se amontavam em frente ao escritório da Mercedes, ávidos pela informação que teimava em não chegar. 

Os cenários possíveis incluíam punição a Hamilton, a Verstappen, a nenhum, ou a ambos. O que se sabia é que a FIA havia autorizado a Mercedes a fazer a troca da asa traseira de Hamilton por uma peça dentro do regulamento, o que, em parque fechado, é passível e punição. Mas qual? Para quando? E Verstappen? Tudo isso ficou no ar. 

Apenas após o segundo treino livre é que as decisões começaram a se divulgadas. Primeiro, a FIA anunciou a aplicação de uma multa no valor de 50 mil euros para Max Verstappen por tocar em carros já em regime de parque fechado.

Depois, veio a punição mais aguardada - e mais dura: Lewis Hamilton foi desclassificado da sessão qualificatória de ontem. Com isso, o inglês tem seus tempos anulados e largará do último lugar na corrda sprint.

A pena se soma à outra: por uma troca do motor a combustão, Hamilton perderá 5 posições no grid de largada da corrida principal, de domingo. Ou seja, o inglês terá que remar para ganhar posições na sprint e, a partir desse resultado, ainda terá que descontar 5 lugares para começar a corrida de amanhã. A situação fica complicadíssima para o inglês na reta final do campeonato.

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