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Equipes F1 2021 – Alpine: o futuro que nunca chega

Os franceses mudaram de nome esta temporada, voltaram às vitórias... mas ainda se acredita em um futuro que teima em não chegar

17 jan 2022 - 19h19
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Alpine e Ocon: de volta às vitórias. Mas 2021 ainda deixou a desejar
Alpine e Ocon: de volta às vitórias. Mas 2021 ainda deixou a desejar
Foto: Alpine F1

Carro: Alpine S521

Motor: Renault E-Tech 21

Diretor Técnico: Pat Fry

Chefe de Equipe: Marcyn Budkowski

Pilotos: Fernando Alonso (ESP) / Esteban Ocon (FRA)

Posição nos Construtores : 5º lugar (155 pontos)

Ano novo, tudo novo. Este foi o espírito da Renault, ou melhor dizendo, Alpine. Após muitas duvidas sobre a continuidade da operação por conta das reestruturações do grupo, o time meio francês meio inglês vinha renovado.

O que chamava mais a atenção era a adoção da marca Alpine para todas as atividades esportivas da Renault. Querendo aproveitar a história que a pequena epopeia fundada por Jean Redelé que passa por vitórias em Rallies e Le Mans, decidiu-se que o time francês agora deixaria de lado o preto e amarelo e adotar de novo as cores nacionais francesas.

Não eram só as cores. Cyril Abiteboul deixava o comando do time e dava lugar a Marcyn Budkowski. Davide Brivio, egresso da Suzuki na MotoGP, vinha para dividir as funções de comando. Esteban Ocon permancia para mais um ano e teria ao seu lado o espanhol Fernando Alonso, de volta à F1 depois de sair em 2018.

Pelo aspecto técnico, os técnicos comandados por Pat Fry optaram por não usar todos os tokens disponíveis no S521. Além das mexidas que o regulamento exigia, poucas mudanças foram feitas no aerofólio dianteiro e nos bargeboards. Chamou a atenção a adoção de um capô extremamente bojudo em relação aos demais carros. Mesmo optando por usar a mesma unidade de potência de 2020, a Renault fez algumas modificações na parte de refrigeração e entrada de ar.

O objetivo do time era brigar efetivamente pelo posto de “melhor do resto”. Mas problemas com a correlação de dados entre pista e túnel de vento acabaram prejudicando o desempenho inicial. Ocon e Alonso tiveram problemas de velocidade e a inconstância do comportamento dos carros deixou os pilotos perdidos inicialmente. Alterações trazidas em Portugal, França e Inglaterra resolveram um pouco as coisas, mas não foram o bastante. A briga da Alpine acabou sendo com a Alpha Tauri pelo 5º lugar.

Esteban Ocon acabou sendo o líder do time no início do ano. Alonso disse que estranhou o reinicio e que cresceria na segunda metade do ano, especialmente quando teve a direção do seu carro alterada. O francês não se acomodou com a presença do espanhol e fez um bom ano. Soube aproveitar as oportunidades na Hungria e obteve a sua primeira vitória na F1. Teve uma queda de desempenho após a confirmação de sua renovação de contrato, mas terminou andando próximo de Alonso.

O espanhol foi um show a parte. Demorou a engrenar, mas mostrou brios na segunda parte do campeonato. E para a surpresa de muitos, se mostrou um homem de grupo. Sua alegria na Hungria ao cumprimentar Ocon parecia genuína e quando subiu ao pódio e no Qatar, a equipe vibrou bastante. Seu objetivo foi cumprido e espera que o seu “El Plan” seja efetivo e volte às vitórias em 2022. Títulos? Estamos falando de Alonso...

A Alpine foi mais uma que jogou suas fichas para 2022, trazendo um motor inteiramente revisto e pensando sim em mais vitórias. Novas mudanças acontecerão no comando e espera-se que finalmente coloque em condições de reprisar os campeonatos de 2005 e 2006.

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