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Fiat reduz produção na fábrica de Betim até 22 de março

Falta de componentes para produção pode afetar vendas da picape Strada, mas não afeta fábrica da Toro em Goiana (PE)

9 mar 2021 - 06h00
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Fábrica da Fiat em Betim (MG) terá parte da produção suspensa até o dia 22 de março.
Fábrica da Fiat em Betim (MG) terá parte da produção suspensa até o dia 22 de março.
Foto: Fiat / Divulgação

Uma semana depois da General Motors e a Honda anunciarem a paralisação das linhas de produção, a Fiat é mais uma montadora afetada pela falta de insumos para a fabricação de carros. De acordo com informações obtidas pelo jornal O Tempo de Betim (MG) e pelo sindicato de metalúrgicos da região, a fabricante italiana reduzirá a produção a partir de quarta-feira (10).

Por enquanto, a decisão da Fiat é de reduzir o ritmo da produção até o dia 22 de março, suspendendo o segundo turno da planta de Betim (MG), que fabrica todos os modelos da marca italiana, com exceção da picape Toro, que é produzida em Goiana (PE). Assim como as demais fabricantes, a Fiat alega que a falta de componentes necessários para a produção dos carros contribuiu para que o grupo Stellantis (que também inclui marcas como Jeep, Peugeot e Citroën) optasse por conceder férias coletivas para aproximadamente 10% dos funcionários da fábrica mineira.

O número de trabalhadores afetados é de cerca de 600 funcionários, que deixarão de trabalhar temporariamente em um dos três turnos de funcionamento da fábrica mineira. Ainda de acordo com o jornal mineiro, o grupo Stellantis não descarta a possibilidade de lay off, que é quando há a suspensão temporária do contrato de trabalho em um dos turnos da fábrica. No entanto, essa possibilidade não foi confirmada.

Apesar de envolver praticamente toda a linha atual de modelos da Fiat, a decisão não inclui as demais fábricas do grupo, como a planta de Porto Real, que produz modelos da Peugeot e Citroën, ou então a de Goiana (PE), que fabrica os Jeep Renegade e Compass, além da picape Fiat Toro. No entanto, a redução da produção deve afetar as vendas de modelos importantes, como a Fiat Strada e o hatch Argo.

A decisão da Fiat segue a tendência de outras marcas, que já estão sendo afetadas pela escassez global de semicondutores de fibra óptica, que são utilizados nos chips dos sistemas eletrônicos não só dos carros, como também de smartphones e computadores, por exemplo. Além disso, de acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, outros suprimentos como aço, materiais plásticos e borracha também vêm afetando a produção nacional desde novembro do ano passado.

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