Abeifa: Land Rover cresce 110% em mês de queda de importados
Apesar do crescimento da Land Rover, unidades importadas ainda sentem os impactos da instabilidade cambial e da falta de semicondutores
Em novembro, as onze marcas filiadas à Abeifa registraram 5.764 unidades, considerando as vendas de carros importados e modelos com produção nacional. De acordo com a entidade, o resultado se traduz em uma queda de 8,6% ante outubro de 2021, quando foram comercializadas 6.308 unidades. Comparado a novembro do ano passado - que registrou 5.764 veículos - a queda é de 3,9%. Dentre as importadoras, a marca que mais vendeu em novembro foi a Volvo, com 758 unidades. No entanto, o destaque do mês fica para a Land Rover, que cresceu 110,7% em relação a outubro e impressionantes 311,6% comparado ao mês de novembro de 2020.
P. | MARCA | VENDAS |
1 | Volvo | 758 |
2 | Kia | 411 |
3 | Land Rover | 354 |
4 | Porsche | 151 |
5 | JAC Motors | 94 |
Considerando apenas o licenciamento de veículos produzidos no Brasil, as marcas da Abeifa chegaram a 3.899 unidades, uma retração de 17,2% ante aos resultados do mês anterior, mas uma alta de 12,3% em relação a novembro de 2020. Já na importação, a situação se inverte. As 1.865 unidades vendidas no último mês significaram um aumento de 16,8% ante as 1.597 unidades de outubro de 2021, mas uma queda de 26,1% ante novembro de 2020.
Somadas as unidades importadas e as nacionais, com total de 67.108 veículos nos primeiros onze meses de 2021, as associadas à Abeifa registram percentual positivo de 28,5%. Em 2020, em igual período comparativo, o total de licenciamentos foi de 52.221 unidades. Apesar do aumento nas vendas, a entidade destacou mais uma vez os impactos da instabilidade cambial e da escassez de semicondutores na disponibilidade e nas vendas de unidades importadas. Em meio à essa situação, uma das principais preocupações da Abeifa é a renovação da lista de exceção aos produtos híbridos e elétricos.
“Diante do cenário de instabilidade tanto na importação como na produção local, nossa expectativa é que, ao menos, saia o mais rápido possível a renovação da lista de exceção aos produtos híbridos e elétricos, cujo imposto de importação é de 0% a 4%, dependendo da eficiência energética dos produtos, e que vence no dia 31 de dezembro próximo”, avalia João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.
Com essas parciais mensais, no acumulado dos primeiros onze meses do ano, as unidades importadas significaram queda de 7%: de janeiro a novembro de 2021, foram registradas 23.257 unidades contra 25.015 emplacamentos de importados em igual período de 2020. Já a produção nacional das associadas à Abeifa acumula 43.851 unidades licenciadas contra 27.206 unidades até novembro de 2020, alta de 61,2%. No acumulado do ano, com 67.108 unidades, as associadas representam 3,77% do mercado interno brasileiro (1.780.479 emplacamentos).
Segundo a Abeifa, com as 5.764 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa em novembro foi de apenas 3,6% do mercado total de automóveis e comerciais leves (160.376 unidades). Quanto aos carros importados, a participação da associação foi de apenas 1,16% do mercado interno brasileiro, enquanto as unidades nacionais, com 3.899 veículos, representam um marketshare de 2,4%.