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UE quer endurecer limite de emissões para automóveis

9 out 2018 - 20h44
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Ministros europeus do Meio Ambiente concordam em reduzir 35% das emissões de dióxido de carbono em frotas de veículos novos até 2030. Medida é necessária para bloco atingir meta climática.Um dia após a divulgação de um relatório alarmante da ONU sobre o aquecimento global, os países da União Europeia (UE) concordaram nesta terça-feira (09/10) em reduzir 35% das emissões de dióxido de carbono em frotas de automóveis novos até 2030.

Com novo limite, montadoras precisarão aumentar vendas de carros elétricos
Com novo limite, montadoras precisarão aumentar vendas de carros elétricos
Foto: DW / Deutsche Welle

O acordo foi alcançado entre os 28 ministros europeus do Meio Ambiente depois de mais de 13 horas de reunião. Os representantes dos países do bloco estavam divididos entre reduzir a poluição e preservar a indústria automotiva.

"Vimos uma discussão complicada", afirmou o comissário europeu da Ação Climática e Energia, Miguel Arias Canete, que acrescentou que a meta de 35% foi apoiada por 20 países, outros quatro foram contrários e quatro se abstiveram. "No início, não achei que teríamos esse forte apoio", destacou.

As regras para alcançar essa redução serão debatidas no Parlamento Europeu, que desejava uma diminuição de 40%, e na Comissão Europeia, que defendia uma meta de 30%. Esse acordo deve se tornar uma norma obrigatória a ser seguida pelas montadoras a partir de 2019.

Atualmente, a União Europeia estabelece que as emissões de CO2 de novos carros na média da frota em 2020 não podem ultrapassar mais de 95 gramas por quilômetro. A redução deve ser calculada a partir dessa base. Com o endurecimento das regras, as montadoras deverão vender, além de carros a diesel e gasolina, mais veículos elétricos para alcançar a nova meta.

Vários países, liderados pela França, defendiam uma meta de redução de 40%, no entanto, a Alemanha, com sua grande indústria automotiva, queria um corte máximo de 30% para as frotas de carros novos em comparação com os níveis de emissões de 2021.

Países mais conservadores, como a Hungria, a República Tcheca ou a Letônia, argumentaram que uma meta muito elevada colocaria em risco à indústria. Já países mais progressistas, como Luxemburgo, Holanda e Bélgica, defenderam que a Europa deve aproveitar a mudança para liderar a transição de motores de combustão para elétricos e híbridos.

Com o acordo, a UE pretende frear as emissões do setor de transportes, onde elas continuam aumentado a cada ano, e alcançar desta forma a meta de redução de gases do efeito estufa, estipulada em pelo menos 40% até 2030 em relação ao nível de 1990.

Num comunicado conjunto após a reunião, os ministros expressaram preocupação com o recente relatório da ONU que fez um alerta sobre a importância de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C para evitar drásticas alterações no clima.

O grupo renovou ainda o compromisso com o Acordo de Paris, no qual a comunidade internacional se comprometeu a limitar o aumento da temperatura ao teto de 2°C em relação aos níveis da era pré-industrial.

Temperaturas extremas em todo o hemisfério norte foram registradas durante o verão. O fenômeno aumentou a preocupação de que as mudanças climáticas estão se intensificando.

CN/rtr/efe

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