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Trump rebate executivos que deixaram conselho por resposta a violência na Virgínia

15 ago 2017 - 16h48
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu aos líderes empresariais que renunciaram a um conselho consultivo presidencial em protesto à sua reação a uma manifestação de grupos de extrema-direita que se tornou violenta na Virgínia, chamando os executivos de "exibidos".

Trump faz discurso na Casa Branca
 14/8/2017  REUTERS/Jonathan Ernst
Trump faz discurso na Casa Branca 14/8/2017 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

Trump vem enfrentando uma avalanche de críticas de democratas e de membros de seu próprio Partido Republicano devido à sua resposta inicial aos episódios de violência de sábado em torno da manifestação em Charlottesville.

Três líderes empresariais abandonaram um conselho de Trump na segunda-feira, e nesta terça-feira Scott Paul, presidente da Aliança Americana de Manufaturas, disse no Twitter que também está renunciando à iniciativa "porque é a coisa certa para eu fazer".

Ainda na segunda-feira Trump se curvou a dois dias de pressão por uma reação mais contundente à violência em Charlottesville apontando o dedo para grupos por trás da manifestação "Unindo a Direita" que muitos viram como causadores dos tumultos, durante os quais uma mulher morreu.

Mas ele continuou claramente frustrado com a reação à sua resposta.

"Para cada CEO que abandona o Conselho de Manufatura, eu tenho muitos outros para assumir seu lugar. Exibidos não deveriam ter continuado. EMPREGOS!", escreveu Trump no Twitter

nesta terça-feira.

O presidente-executivo da Merck&Co, Kenneth Frazier, renunciou ao Conselho Americano de Manufatura do presidente na segunda-feira. Os CEOs da empresa de artigos esportivos Under Armour e da fabricante de chips de semicondutores Intel Corp, Kevin Plank e Brian Krzanich, seguiram seu exemplo no mesmo dia.

Também na segunda-feira, Trump contra-atacou Frazier dizendo no Twitter que agora o executivo da farmacêutica terá mais tempo para se dedicar a reduzir os preços "extorsivos" dos remédios.

O presidente está sendo cada vez mais criticado até dentro de sua própria sigla.

O deputado republicano Charlie Dent disse que os comentários feitos por Trump na segunda-feira, quando repreendeu neonazistas, a Ku Klux Klan e supremacistas brancos nominalmente, foram melhores do que sua "reação falha" no final de semana, mas que ainda pareceram "um pouco forçados e sem entusiasmo", disse Dent ao canal MSNBC.

"Cada membro dos conselhos consultivos do senhor Trump deveria lutar com sua própria consciência e ponderar o famoso alerta de Edmund Burke de que 'tudo que é necessário para o triunfo do mal é os homens de bem não fazerem nada'", escreveu Larry Summers, ex-secretário do Tesouro do ex-presidente Bill Clinton, no jornal Financial Times nesta terça-feira.

Uma nota do Comitê Nacional Democrata desta terça-feira informou: "O presidente nunca deve manter o povo americano em suspenso sobre se ele tolera ou se opõe à supremacia branca".

Depois de se pronunciar na Casa Branca na segunda-feira, Trump também se voltou contra a mídia.

"Façam mais comentários sobre Charlottesville e percebam mais uma vez que a mídia #Notícias Falsas jamais estará satisfeita... pessoas realmente ruins!", disse em um tuíte.

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