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Trump pede que parlamentares republicanos desistam de legislação imigratória até novembro

22 jun 2018 - 12h20
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um apelo aos parlamentares republicanos nesta sexta-feira para desistirem de seus esforços para aprovar uma legislação imigratória abrangente até depois das eleições de novembro, que ele espera que fortaleçam a maioria do partido no Congresso.

Presidente dos EUA, Donald Trump
21/06/2018
REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos EUA, Donald Trump 21/06/2018 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

Trump, alvo de uma revolta pública devido à sua política de separar crianças de seus pais imigrantes na fronteira com o México, tentou mudar o foco do debate sobre a imigração no Congresso com uma série de comentários publicados logo cedo no Twitter.

Apesar do controle republicano na Câmara dos Deputados e no Senado, a maioria apertada de 51-49 do partido nesta última Casa do Congresso torna necessário obter algum apoio democrata para aprovar a maioria das leis.

"Elejam mais republicanos em novembro e aprovaremos os melhores, mais justos e mais abrangentes projetos de lei de imigração de qualquer lugar do mundo", tuitou Trump.

"Os republicanos deveriam parar de perder tempo com a imigração até depois de elegermos mais senadores e congressistas homens e mulheres em novembro. Os democratas estão só jogando, não têm intenção de fazer nada para resolver este problema de décadas. Podemos aprovar ótimas leis depois da Onda Vermelha!", disse.

Na verdade, muitos analistas dizem que o partido poderá sofrer perdas em novembro, quando todos os 435 assentos da Câmara e um terço das 100 vagas do Senado estarão em disputa.

Trump fez forte pressão na quarta-feira e assinou um decreto que acaba com a separação de crianças de suas famílias enquanto os pais são processados por cruzar a fronteira ilegalmente. Ele disse ainda que deseja que o Congresso aprovasse uma lei de imigração mais abrangente.

Na quinta-feira, a Câmara rejeitou um projeto de lei apoiado por conservadores que teria interrompido a prática de dividir famílias e que abordava uma gama de outras questões ligadas à imigração.

O projeto de lei foi derrotado por 231 votos a 193, e 41 republicanos se uniram à oposição. A Câmara também adiou, provavelmente até a semana que vem, a votação de um projeto de lei mais moderado para tentar angariar mais apoio --mas os tuítes mais recentes de Trump podem frustrar esta iniciativa.

"Jogo encerrado", disse o deputado Mark Sanford, um republicano crítico de Trump que entrou na mira do presidente antes de perder uma eleição primária neste mês.

"Isso tira todo o ímpeto do que poderia ter sido um final de semana bastante produtivo em termos de procurar um meio-termo", disse Sanford à CNN. "Sem o presidente dar apoio aos parlamentares, de maneira nenhuma eles correrão os riscos que seriam inerentes a um grande projeto de lei de reforma."

Os dois projetos de lei receberam apoio de Trump, mas foram rejeitados por democratas e grupos pró-imigrantes que os consideraram rígidos demais. Eles financiariam o muro que Trump propôs construir na fronteira com o México e reduziriam a imigração legal.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC

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