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Trump anuncia novas sanções contra o Irã

8 mai 2019 - 18h20
(atualizado em 9/5/2019 às 04h06)
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Medidas atingem setor de mineração do país e impedem que outros países comprem ferro, aço, alumínio e cobre dos iranianos. Segundo a Casa Branca, setor representa 10% das exportações do país.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (08/05) a imposição de uma nova leva de sanções contra o Irã, em plena escalada de tensões entre Washington e Teerã.

Trump também voltou a defender retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irã, que havia sido assinado em 2015
Trump também voltou a defender retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irã, que havia sido assinado em 2015
Foto: DW / Deutsche Welle

Desta vez as medidas antigem os setores de ferro, aço, alumínio e cobre do país, que segundo a Casa Branca representam 10% das exportações iranianas.

"Hoje assinei um decreto para impor sanções aos setores do ferro, aço, alumínio e cobre do Irã, que são as maiores fontes de receitas derivadas das exportações (para Teerã) depois dos produtos relacionados com o petróleo", disse Trump em comunicado.

"A medida de hoje ataca as receitas do Irã por meio da exportação de metais industriais e avisa a outros países que não mais toleraremos que permitam a entrada em seus portos de aço e outros metais iranianos", declarou o presidente americano.

Trump, que se mostrou disposto a se reunir com as autoridades iranianas, disse ainda que Teerã poderia usar o lucro da venda de metais "para proporcionar recursos e apoio à proliferação de armas de destruição em massa, grupos e redes terroristas, campanhas de agressão regional e expansão militar".

Além disso, lembrou que os EUA estão decididos a "cortar todas as vias" que possam permitir ao Irã obter "uma arma nuclear ou mísseis balísticos intercontinentais".

As novas sanções foram divulgadas poucas horas depois de o governo iranianoanunciar que suspendeu a aplicação de alguns dos seus compromissos relacionados com o acordo nuclear de 2015, do qual os Estados Unidos se retiraram, mas ainda fazem parte Irã, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.

Trump ainda defendeu a decisão que tomou há um ano de deixar o acordo por considerar que, sob esse pacto, "o Irã era livre para patrocinar redes terroristas, desenvolver sua força de mísseis e fomentar conflitos regionais" enquanto "mantinha uma infraestrutura nuclear robusta".

Um ano depois, segundo Trump, "o regime iraniano está sofrendo para financiar sua campanha de terror violento, com uma crise econômica sem precedentes", e os EUA estão lhe "impondo a campanha de pressão máxima mais poderosa jamais vista".

Trump alertou ainda que o Irã "pode esperar mais sanções se não alterar fundamentalmente sua conduta" e lembrou que há um ano propôs 12 condições para alcançar um novo acordo com o Irã sobre seu programa nuclear.

"Espero me reunir um dia com os líderes do Irã para alcançar um acordo e, algo especialmente importante, dar os passos para que o Irã tenha o futuro que merece", ressaltou.

A tensão entre EUA e Irã aumentou desde abril, quando o governo americano decidiu não renovar as isenções à compra de petróleo iraniano que vinham sendo concedidas a oito países.

Além disso, no último domingo, a Casa Branca anunciou que vai posicionar no Oriente Médio um porta-aviões com sua equipe de combate e um grupo especial de caças-bombardeiros, devido ao que o Pentágono descreveu como "indicações" de que o Irã planejava "operações ofensivas contra forças e interesses americanos na região".

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