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WeWork está sendo investigada em Nova York, diz agência

Uma das questões que está sendo analisada é se o fundador e ex-presidente-executivo da WeWork, Adam Neumann, tirou proveito de sua posição na empresa para enriquecer

19 nov 2019 - 17h53
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A procuradora-geral do Estado de Nova York, Letitia James, está investigando a WeWork, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto. Uma das questões que está sendo analisada é se o fundador e ex-presidente-executivo da WeWork, Adam Neumann, tirou proveito de sua posição na empresa para enriquecer. A notícia aumenta uma série crescente de problemas que transformaram a imagem da startup de escritórios compartilhados em questão de semanas - até então, a empresa era uma queridinha de Wall Street.

"Recebemos uma investigação do escritório da Procuradoria-Geral do Estado de Nova York e estamos cooperando no assunto", disse uma porta-voz da WeWork quando contatada pela agência de notícias Reuters. As autoridades do Estado não quiseram comentar o assunto.

Adam Neumann comprou propriedades e as alugou de volta para o WeWork, fez empréstimos contra sua própria participação na empresa e também planejava cobrar a WeWork em quase US$ 6 milhões para usar sua marca registrada da palavra "We" depois que a empresa passou a se chamar We Company.

Em setembro, a WeWork cancelou sua abertura de capital, depois que investidores se mostraram cautelosos com seus prejuízos, seu modelo de negócios e sua governança corporativa. Neumann havia renunciado como presidente-exeutivo na semana anterior. Ele também concordou em devolver o dinheiro pelo uso da marca registrada.

Esta não é a primeira vez que a WeWork é investigado pela Procuradoria-Geral do Estado de Nova York. A empresa voltou atrás em sua política de exigir que os funcionários assinem acordos não-competitivos depois de chegar a um acordo com a procuradoria-geral no ano passado.

Mudanças

O WeWork agora enfrenta uma reestruturação radical. O presidente executivo da We Company, Marcelo Claure, disse em um e-mail para sua equipe que cortes de empregos serão anunciados no final desta semana em áreas que não suportam as principais metas de negócios da empresa. O jornal New York Times informou no domingo que o WeWork está se preparando para cortar 4 mil empregos. A própria empresa tinha 12.500 funcionários em 30 de junho, além de outros que trabalham para afiliadas.

Os próximos passos para moldar o futuro da empresa serão divulgados em uma reunião com todas as empresas na sexta-feira, afirmou Claure no e-mail em questão. Ele disse que o WeWork precisa de uma organização mais eficiente e centrada no cliente para crescer. "Vamos eliminar e reduzir algumas funções e responsabilidades", acrescentou Claure, que também é executivo do SoftBank.

A Bloomberg News informou na sexta-feira que o WeWork está enfrentando uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA sobre se violou as regras financeiras ao buscar sua listagem pública.

Estadão
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