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Waze vai testar 'ponto de encontro' para caronas em São Paulo

Com 4,5 milhões de usuários, cidade é maior mercado do aplicativo de trânsito no mundo; lançado em agosto de 2018, serviço de caronas ainda está longe de deslanchar

5 nov 2019 - 21h04
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O aplicativo de navegação no trânsito Waze anunciou nesta terça-feira, 5, que vai começar a testar "pontos de encontro" para seu serviço de caronas, o Waze Carpool, em São Paulo. A princípio, serão cinco espaços, em bairros como Itaim Bibi, Vila Olímpia, Pompéia e Butantã - neles, os passageiros e motoristas que usam o serviço poderão se encontrar, facilitando o embarque e o desembarque. "É um desafio de design que as cidades precisam enfrentar", disse Thais Blumenthal, líder global da área de dados para cidades do Waze.

Por enquanto, os espaços serão um projeto piloto, em parceria da empresa com a cidade de São Paulo. Quatro dos pontos de encontro serão totens, enquanto um deles será um parklet que estava abandonado e cuja manutenção foi assumida pela empresa.

Segundo Blumenthal, a parceria com a Prefeitura de São Paulo descreve uma licença de uso como "evento", válida por 30 dias - de acordo com a executiva, há espaço para expansão. Os locais de cada ponto de encontro foram determinados a partir dos dados de demanda por caronas dentro do app. "É algo pioneiro, não existe ainda esse tipo de projeto, mas estamos estudando como tornar isso algo permanente com a Prefeitura. Provavelmente, será no formato de parceria Público-Privada", afirmou.

Sistema de caronas ainda está longe de deslanchar

Lançado em agosto de 2018 na cidade, o Carpool conecta motoristas com bancos vazios e passageiros em busca de uma viagem mais confortável, mas ainda está longe de deslanchar. Embora a capital paulista tenha 4,5 milhões de usuários do app, a maior cidade do Waze no mundo, apenas 2 milhões de caronas forma concedidas em todo o Brasil desde o lançamento do serviço.

"É pouco, mas são números que mostram o impacto que a carona pode ter no futuro", reconheceu Noam Bardin, presidente executivo do Waze, durante o evento. Segundo ele, o componente mais difícil de fazer o negócio decolar é transformar os costumes das pessoas, habituadas a andar em carros sozinhas. "Nada vai nos salvar do trânsito, não importa se você está numa Ferrari ou num carro popular. É preciso mudar de comportamento."

É uma das frentes que a empresa, que é de propriedade do Google, planeja rentabilizar seu negócio - a outra são anúncios exibidos ao usuário enquanto navega pelo aplicativo. "É uma frente em que estamos mais avançados, enquanto o Carpool é mais difícil: precisamos ter equilíbrio entre o preço que o motorista gostaria de receber para rachar a gasolina e o que o passageiro aceita pagar em vez de usar um aplicativo ou seu próprio carro", disse Bardin.

Estadão
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