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Waymo aceita US$245 mi para encerrar disputa com Uber sobre segredos comerciais em carros autônomos

9 fev 2018 - 16h24
(atualizado às 16h39)
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A Waymo, unidade de veículos autônomos da Alphabet, e a empresa de transporte urbano por aplicativo Uber Technologies concordaram em encerrar uma disputa legal sobre segredos comerciais.

Bandeiras da Uber em carros do aplicativo
26/02/2017 REUTERS/Tyrone Siu
Bandeiras da Uber em carros do aplicativo 26/02/2017 REUTERS/Tyrone Siu
Foto: Reuters

O acordo anunciado nesta sexta-feira foi feito antes do início do quinto dia de depoimentos em um julgamento na corte de San Francisco.

A Waymo processou o Uber no ano passado, alegando que um de seus antigos engenheiros que se tornou chefe do projeto de direção autônoma do Uber levou com ele milhares de documentos confidenciais. O Uber demitiu o engenheiro após o processo da Waymo.

O acordo permite que o novo presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, coloque outro escândalo para trás e avance com o desenvolvimento de tecnologia de direção autônoma após a tumultuada liderança do ex-presidente Travis Kalanick, que testemunhou no julgamento terça e quarta-feira.

Como parte do acordo, o Uber concordou em pagar o equivalente a cerca de 245 milhões de dólares, de acordo com um representante da Waymo. A conclusão inclui ainda um acordo "para garantir que qualquer informação confidencial da Waymo não seja incorporada no hardware e software do Uber Advanced Technologies Group".

Em conversas sobre o acordo no ano passado, a Waymo buscava pelo menos 1 bilhão de dólares do Uber e queria um monitor independente para garantir que o Uber não usasse tecnologias da Waymo no futuro. A Waymo também queria um pedido de desculpas.

Entretanto, Khosrowshahi expressou "arrependimento" pelas ações da empresa em um comunicado.

"Embora não acreditemos que nenhum segredo comercial tenha passado da Waymo para o Uber, nem acreditamos que o Uber tenha usado qualquer informação proprietária da Waymo em sua tecnologia de direção autônoma, estamos tomando medidas com a Waymo para garantir que o (programa de condução autônoma) Lidar represente apenas o nosso bom trabalho", disse Khosrowshahi em um acordo.

No processo a Waymo disse que um de seus antigos engenheiros, Anthony Levandowski, baixou mais de 14 mil arquivos confidenciais contendo desenhos para veículos autônomos em dezembro de 2015. O engenheiro começou a trabalhar como líder da unidade de veículos autônomos da Uber em 2016.

O caso dependia de se o Uber usou os segredos comerciais para promover o seu programa de autônomos.

Levandowski nunca falou publicamente sobre as acusações e a justiça não acusou ninguém de roubo. O engenheiro não foi réu no caso.

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