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Vulnerabilidades críticas no kernel do Linux afetam 8 milhões de serviços

As falhas foram identificadas pela Netflix e as empresas já estão trabalhando em patchs de segurança...

24 jun 2019 - 11h08
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A Netflix identificou várias vulnerabilidades críticas nos kernels do Linux e FreeBSD. Ao todo, quatro falhas foram reportadas: CVE-2019-11478, CVE-2019-5599 e CVE-2019-11479, que causam sobrecarga na utilização dos recursos de hardware, e a mais sérias de todas, CVE-2019-11477, apelidada de "SACK Panic", que poderia permitir que um invasor causasse falha de sistemas baseados em Linux, remotamente, usando comandos exclusivamente criados para tal.

Foto: TecMundo

De acordo com David Atkinson, CEO da Senseon, empresa de cibersegurança com sede no Reino Unido, 40% dos sites do mundo dependem de sistemas Linux. A maioria das infraestruturas corporativas do mundo também depende dele, já que o kernel Linux está incorporado a milhares de dispositivos, dos mais simples aos mais robustos e complexos, dos mais portáteis aos mais fixos.

Toda essa dependência causa dificuldade em mensurar a amplitude da atuação do Linux na internet mundial.

8 milhões de serviços são afetados

Atkinson afirma que há pelo menos 8 milhões de serviços voltados ao público utilizando o sistema do pinguim e que, na pior das hipóteses, um único hacker poderia se aproveitar dessas vulnerabilidades para derrubar sistemas inteiros. O risco afeta todos os usuários domésticos e corporativos que dependem desses serviços, além de aumentar as chances de ataques coordenados de estado-nação.

Embora Atkinson recomende que as companhias se apressem para implementar o patch de segurança, que já existe, as empresas podem levar de semanas a meses para que todos os bugs derivados das falhas principais sejam encontrados e corrigidos.

Jonathan Looney, da Netfix, ainda propôs a desativação do processo do SACK, a fim de minimizar o risco de ataques. 

Empresas se pronunciam

Além da Netflix, AWS (Amazon), Canonical e Red Hat também emitiram alertas urgentes. No caso da Canonical, todos os kernels do Ubuntu para os principais ambientes de nuvem foram afetados. Já a AWS, informou que todos os seus clusters EKS atualmente em execução estão fora de perigo.

TecMundo
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