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Volskwagen pode pedir indenização a ex-CEO Winterkorn sobre fraude de emissão de poluentes

22 jun 2018 - 18h05
(atualizado às 18h14)
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A Volkswagen está considerando pedir indenização ao ex-presidente-executivo Martin Winterkorn, que estava no comando quando a montadora falsificou testes de emissões de poluentes, disse Stephan Weil, membro do conselho supervisor da empresa, a um jornal.

Ex-presidente-executivo da VW, Martin Winterkorn, após depoimento ao parlamento em Berlim, Alemanha
19/01/2017 REUTERS/Hannibal Hanschke
Ex-presidente-executivo da VW, Martin Winterkorn, após depoimento ao parlamento em Berlim, Alemanha 19/01/2017 REUTERS/Hannibal Hanschke
Foto: Reuters

"Indenizações contra ex-membros do conselho de administração estão sendo seriamente considerados", disse ele à Sueddeutsche Zeitung quando perguntado se a Volkswagen iria pedir indenização a Winterkorn. "Quando soubermos o resultado das investigações, tomaremos uma decisão", disse Weil.

A montadora há anos tem dito que apenas gerentes de nível inferior sabiam das emissões, mas as autoridades norte-americanas apresentaram acusações criminais contra Winterkorn no início deste ano.

Neste mês, promotores de Munique ampliaram a investigação sobre a Audi, marca premium da VW. Eles disseram que estavam investigando o presidente-executivo da Audi, Rupert Stadler, por suspeita de fraude e propaganda enganosa e por seu suposto papel de ajudar a trazer carros equipados com software ilegal para o mercado europeu.

Nesta semana, autoridades alemãs prenderam Stadler, alegando que ele poderia tentar interferir na investigação. A prisão levou o conselho supervisor a suspendê-lo e nomear Bram Schot para assumir como presidente interino da Audi.

Perguntado por Sueddeutsche porque Stadler foi suspenso em vez de desligado da empresa, Weil disse que muitas questões permaneceram sem resposta.

"É uma questão de justiça esperar até que o assunto seja esclarecido", disse ele, acrescentando que não poderia prever se Stadler voltaria ao posto.

Stadler segue em prisão preventiva, mas não foi acusado de crime. A VW e a Audi disseram que Stadler deveria ser considerado inocente, a menos que se prove o contrário.

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