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Virais visuais disseminam desinformação no YouTube e Instagram, diz pesquisa

26 set 2019 - 16h28
(atualizado às 17h19)
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O sucesso de memes, vídeos e fotos virais na disseminação da desinformação online está alimentando a manipulação organizada da mídia social no Instagram e no YouTube, disseram pesquisadores da Universidade de Oxford nesta quinta-feira.

REUTERS/Antonio Bronic
REUTERS/Antonio Bronic
Foto: Reuters

Em um relatório anual sobre tendências de desinformação, o Projeto de Pesquisa em Propaganda Computacional do Oxford Internet Institute disse que o Facebook continua sendo a plataforma mais popular para manipulação em redes sociais devido ao seu tamanho e alcance global.

Mas o foco no conteúdo visual com maior probabilidade de ser compartilhado online significa que os usuários do YouTube e do Instagram estão cada vez mais sendo alvo de mensagens falsas ou enganosas, disse Samantha Bradshaw, uma das autoras do relatório.

"No Instagram e no YouTube, trata-se da evolução da natureza das notícias falsas - agora há menos sites baseados em texto que compartilham artigos e mais com vídeos com conteúdo rápido e consumível", disse ela. "Memes e vídeos são fáceis de consumir em um ambiente de atenção dispersa."

As conclusões do relatório destacam os desafios enfrentados pelo Facebook, Google e outras empresas de mídia social no combate à disseminação de desinformação política e financeira.

Um porta-voz do Facebook disse que mostrar aos usuários informações precisas é uma "grande prioridade" para a empresa. "Desenvolvemos ferramentas mais inteligentes, uma transparência maior e parcerias mais fortes para identificar melhor as ameaças emergentes...e reduzir a disseminação de desinformações no Facebook, Instagram e WhatsApp", disse o porta-voz.

O YouTube disse que investiu em políticas, recursos e produtos para combater a desinformação e que remove regularmente conteúdo que viola seus termos de uso. Um porta-voz se recusou a comentar o estudo da universidade de Oxford.

O relatório afirma que o aumento da atenção sobre manipulação em redes sociais significa que essa atividade já foi identificada em 70 países ante 28 em 2017.

"A propaganda computacional se tornou uma parte normal da esfera pública digital", afirmou o relatório. "Essas técnicas também continuarão a evoluir à medida que novas tecnologias ... estiverem prontas para remodelar fundamentalmente a sociedade e a política."

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