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Vice-presidente financeira da Huawei busca extradição após comentários de Trump

9 mai 2019 - 10h16
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A vice-presidente financeira da Huawei pretende pedir suspensão de processo de extradição para os Estados Unidos, em parte com base em declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o caso.

Meng Wanzhou, 47, filha do fundador bilionário da Huawei, Ren Zhengfei, foi presa no aeroporto de Vancouver em dezembro a pedido dos EUA e está lutando contra a extradição por acusações de que ela havia conspirado para fraudar bancos globais ao manter negócios da Huawei com uma empresa que opera no Irã.

Após a detenção, Trump disse à Reuters que interviria no caso contra Meng se isso ajudasse a fechar um acordo comercial com a China.

Os advogados de defesa de Meng disseram em um documento apresentado à Suprema Corte da Columbia Britânica na quarta-feira que pretendem pedir a suspensão do processo de extradição com base em abusos que vão além dos comentários de Trump.

O advogado de Meng, Scott Fenton, argumentou que não há provas de que ela disfarçou um relacionamento da Huawei com uma empresa que opera no Irã, chamada Skycom.

A Huawei disse anteriormente que a Skycom era um parceiro comercial local no Irã. Os Estados Unidos afirmam que era uma subsidiária não-oficial usada para ocultar os negócios da Huawei no Irã.

Falando em Pequim nesta quinta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, novamente exigiu a libertação de Meng e seu retorno à China.

"Os Estados Unidos e o Canadá abusaram de seu tratado bilateral de extradição e adotaram medidas contra um cidadão chinês, o que é uma violação séria", afirmou. "Este é um incidente político sério", acrescentou.

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