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Uber supera expectativas, mas perde US$ 1,2 bi no 3º tri

A empresa teve receita de US$ 3,8 bilhões, alta de 30% em comparação com o mesmo período do ano passado; investidores se desanimaram com perdas e ações caem 6% após fechamento do mercado

4 nov 2019 - 19h46
(atualizado em 5/11/2019 às 11h31)
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O Uber segue fechando suas contas no vermelho após mais um trimestre. Nesta segunda-feira, 4, a empresa anunciou prejuízo de US$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre deste ano. Já a receita da companhia de transporte foi de US$ 3,8 bilhões, um salto de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os números, que fazem parte do relatório financeiro da companhia, foram melhor que o esperado por analistas, mas ainda assim não suficientes para animar o mercado - após a divulgação do balanço, as ações do Uber caíram cerca de 6% na bolsa de valores de Nova York , sendo negociadas em torno de US$ 29. É um valor bem abaixo do que a empresa teve em sua estreia no mercado, em maio, quando seu papel era cotado a US$ 42.

Ainda vai levar um tempo para que o Uber consiga registrar lucro, algo considerado vital por analistas do mercado para que a empresa deslanche em Wall Street. "Os investidores demandam que a empresa mostre um caminho claro e confiante para ser lucrativa e ganhar mercado nos EUA", disse Dan Ives, diretor de pesquisas da consultoria Wedbush Securities, ao New York Times. Em entrevista ao site da emissora americana CNBC, o presidente executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, disse que a expectativa é que o Uber tenha lucro em 2021.

"Nossos resultados neste trimestre demonstram decisivamente a crescente lucratividade do nosso segmento de corridas", disse Khosrowshahi em comunicado aos acionistas. "O crescimento da receita e as taxas de aceitação em nossos negócios de comida [Uber Eats] também se aceleraram bastante". A receita do serviço de transporte de passageiros subiu cerca de 19%, a US$ 2,9 bilhões, enquanto o faturamento com a plataforma de entrega de comida avançou 64%.

A companhia afirmou que os usuários mensais ativos de sua plataforma subiram para 103 milhões no mundo no 3º trimestre - no ano passado, esse número foi de 82 milhões.

Os custos da empresa subiram cerca de 33%, para US$ 4,92 bilhões no terceiro trimestre. A receita bruta, uma medida para o valor total das corridas excluindo custos com motoristas e outras despesas, subiu 29,4% sobre um ano antes, para US$ 16,47 bilhões. / COM REUTERS

Estadão
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