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Twitter pede para acionistas aceitarem proposta de US$ 44 bi de Musk

Informação foi repassada aos investidores nesta semana por meio de um documento oficial apresentado à SEC

17 mai 2022 - 16h28
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O Twitter oficialmente pediu para que seus acionistas votem a favor da venda da plataforma para Elon Musk, afirmou um documento entregue pela empresa à SEC, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil. Após suspender temporariamente o negócio com a rede social, Musk afirmou que não vai dar andamento ao acordo enquanto a companhia não provar o percentual de contas falsas na plataforma.

A oferta atual para comprar o Twitter é de US$ 44 bilhões oferecidos por Musk — na proposta, cada ação tem custo de US$ 54,20, valor superior ao que a empresa tem visto na Bolsa americana nos últimos meses. Para o Twitter, agora é a hora de aceitar o acordo.

A falta de transparência da empresa, porém, parece estar incomodando o bilionário. Com uma de suas principais metas sendo acabar com contas bots e spam, Musk exige saber exatamente qual é a quantidade de usuários desse tipo estão na plataforma, mas o Twitter afirmou, apenas, que contabiliza cerca de 5% dos perfis como sendo falsos. A empresa não detalha como a verificação é feita.

Musk suspeita que, pelo menos, 20% dos usuários eram contas de spam. "Você não pode pagar o mesmo preço por algo que é muito pior do que eles alegaram", afirmou na segunda-feira, 16, na conferência All-In Summit 2022 em Miami."Eles afirmam que possuem uma metodologia complexa que só eles podem entender. Não é possível que seja algum mistério profundo, mais complexo do que a alma humana ou algo assim."

Enquanto aguarda os próximos passos de Musk, o Twitter vem se desmantelando tanto nas ações como na estrutura corporativa da empresa. Nesta quarta-feira, 18, outros três diretores da rede social decidiram sair da empresa por influência direta do bilionário. Ilya Brown, vice-presidente de produtos, Katrina Lane, vice-presidente do Twitter Service, e Max Schmeiser, chefe de ciência de dados, pediram demissão nesta semana, de acordo com informações vistas pela Bloomberg.

Além dos três executivos, o Twitter já havia perdido outros membros seniores da empresa. Na última semana, Keyvon Beykpour, chefe da área de consumo da empresa, e Bruce Falck, líder de receitas de produtos, foram demitidos em uma reestruturação do Conselho, indicada por Parag Agrawal, presidente da companhia.

Estadão
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