Twitter financiará novo modelo de rede social
A ideia é criar um protocolo para que diferentes serviços possam se comunicar uns com os outros
Jack Dorsey, presidente executivo do Twitter, anunciou nesta terça, 11, um novo projeto de rede social descentralizada. Em uma série de mensagens postadas, o executivo revelou que o Twitter está financiando uma equipe independente de cinco pesquisadores para criar um protocolo aberto para redes sociais.
A ideia é que as redes sociais funcionem de forma parecida com e-mails: não dependam de uma única companhia e funcionem com diferentes serviços - pense em como um usuário de Gmail consegue enviar mensagens para clientes de Outlook. Nesse sentido, diferentes redes sociais poderiam se comunicar umas com as outras. Segundo Dorsey, o objetivo é que o Twitter se torne um dos clientes desse novo protocolo.
Segundo ele, um protocolo aberto responde a alguns dos principais problemas criados pelas principais redes sociais, que mantém o conteúdo centralizado. Entre eles estão moderação de conteúdo e potencialização de conteúdo polêmico. Ele diz que os algoritmos fechados das empresas não permitem construir alternativas mais sádias e informativas.
Dorsey não disse quando o projeto, batizado de Bluesky, deverá ser concluído e nem a quantia que será investida. Ele, porém, disse que o novo protocolo podederá ser construído usando a tecnologia de blockchain, o que poderia garantir hospedagem aberta e durável, governança e até monetização do conteúdo.
Ele diz que um protocolo do tipo é bom para o Twitter porque permitirá a empresa "acessar e contribuir para um corpo maior de conversa pública, focar esforços em contruir algoritmos de recomendação que promovam conversas saudáveis, e forçar-se a ser mais inovativa". Um formato do tipo também aliviaria as empresas da responsabilidade por moderação de conteúdo, que seria transferida para toda a comunidade.
Não é a primeira vez que Dorsey assume em 2020 a responsabilidade de corrigir alguns dos principais problemas das redes sociais. No final de outubro, o Twitter baniu anúncios políticos plataforma, posição diferente da adotada por Mark Zuckerberg.