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Twitter financiará novo modelo de rede social

A ideia é criar um protocolo para que diferentes serviços possam se comunicar uns com os outros

11 dez 2019 - 15h58
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Jack Dorsey, presidente executivo do Twitter, anunciou nesta terça, 11, um novo projeto de rede social descentralizada. Em uma série de mensagens postadas, o executivo revelou que o Twitter está financiando uma equipe independente de cinco pesquisadores para criar um protocolo aberto para redes sociais.

A ideia é que as redes sociais funcionem de forma parecida com e-mails: não dependam de uma única companhia e funcionem com diferentes serviços - pense em como um usuário de Gmail consegue enviar mensagens para clientes de Outlook. Nesse sentido, diferentes redes sociais poderiam se comunicar umas com as outras. Segundo Dorsey, o objetivo é que o Twitter se torne um dos clientes desse novo protocolo.

Segundo ele, um protocolo aberto responde a alguns dos principais problemas criados pelas principais redes sociais, que mantém o conteúdo centralizado. Entre eles estão moderação de conteúdo e potencialização de conteúdo polêmico. Ele diz que os algoritmos fechados das empresas não permitem construir alternativas mais sádias e informativas.

Dorsey não disse quando o projeto, batizado de Bluesky, deverá ser concluído e nem a quantia que será investida. Ele, porém, disse que o novo protocolo podederá ser construído usando a tecnologia de blockchain, o que poderia garantir hospedagem aberta e durável, governança e até monetização do conteúdo.

Ele diz que um protocolo do tipo é bom para o Twitter porque permitirá a empresa "acessar e contribuir para um corpo maior de conversa pública, focar esforços em contruir algoritmos de recomendação que promovam conversas saudáveis, e forçar-se a ser mais inovativa". Um formato do tipo também aliviaria as empresas da responsabilidade por moderação de conteúdo, que seria transferida para toda a comunidade.

Não é a primeira vez que Dorsey assume em 2020 a responsabilidade de corrigir alguns dos principais problemas das redes sociais. No final de outubro, o Twitter baniu anúncios políticos plataforma, posição diferente da adotada por Mark Zuckerberg.

Estadão
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