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Twitter e Facebook acusam China de usar contas falsas para atrapalhar protestos em Hong Kong

19 ago 2019 - 19h27
(atualizado às 20h30)
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O Twitter e o Facebook disseram nesta segunda-feira que desmontaram uma operação apoiada pelo Estado e com origem na China continental que tenta minar protestos em Hong Kong. 

Manifestantes protestam em Hong Kong
18/08/2019
REUTERS/Aly Song
Manifestantes protestam em Hong Kong 18/08/2019 REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters

O Twitter disse que suspendeu 936 contas e que as operações pareciam ser uma iniciativa apoiada pelo Estado e com origem na China. A empresa disse que as contas eram apenas a porção mais ativa da campanha, e que uma "rede mais ampla de spams" de cerca de 200 mil contas havia sido suspensa de maneira pró-ativa antes de que fossem ativadas substancialmente. 

O Facebook afirmou ter removido contas e páginas de uma pequena rede após o Twitter anunciar que uma investigação encontrou ligações com indivíduos associados ao governo chinês. 

Empresas de redes sociais estão sendo pressionadas para impedir campanhas de influência política antes das eleições de novembro de 2020 nos Estados Unidos. Uma investigação norte-americana que durou 22 meses concluiu que a Rússia interferiu de maneira "geral e sistemática" nas eleições de 2016, nas quais o republicano Donald Trump chegou à presidência do país. 

A embaixada chinesa em Washington e o Departamento de Estado dos EUA não estavam imediatamente disponíveis para comentários. 

Os protestos em Hong Kong, que representam um dos maiores desafios para o presidente chinês, Xi Jinping, desde que ele chegou ao poder em 2012, começaram em junho como oposição a um projeto de lei que permitiria que suspeitos fossem extraditados para a China para julgamento em tribunais controlados pelo Partido Comunista. O projeto está agora suspenso e os protestos cresceram e fazem demandas mais amplas por democracia. 

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