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Twitter é acusado de racismo por priorizar fotos de brancos

Usuários criticaram algoritmo que privilegia rostos brancos na hora de cortar as fotos para exibição; empresa informou que vai investigar

21 set 2020 - 12h33
(atualizado em 23/9/2020 às 12h10)
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O Twitter anunciou neste domingo, 20, que vai investigar o algoritmo que é usado para exibir prévias de fotos publicadas na rede social. Nos últimos dias, usuários têm pedido explicações para o Twitter, após perceberem que as imagens exibidas na rede social são frequentemente recortadas em favor de pessoas brancas.

Twitter é acusado de racismo por priorizar fotos de pessoas brancas
Twitter é acusado de racismo por priorizar fotos de pessoas brancas
Foto: Brendan McDermid / Reuters

Os testes feitos pelos usuários, que ganharam as redes sociais no último final de semana, geralmente traziam pessoas brancas e negras, em um formato de foto que obrigasse o algoritmo do Twitter a recortar para exibir uma prévia em cada publicação. Na maioria das tentativas, as imagens mostradas eram sempre de pessoas brancas, mesmo que elas fossem minoria na imagem original. Os testes também tentaram inverter a posição das imagens ou colocar mais fotos de pessoas negras junto a uma unica foto de uma pessoa branca, mas na prévia o resultado seguia mostrando apenas as pessoas brancas.

Pela rede social, Dantley Davis, chefe de Design do Twitter, admitiu que a culpa é do algoritmo e que a empresa vai trabalhar para melhorar a ferramenta. Em seu blog, o Twitter explica que os recortes de imagens não são feitos somente pelo reconhecimento facial, mas por uma série de outros fatores como profundidade da imagem.

"Nossa equipe fez testes antes de enviar o modelo e não encontrou evidências de preconceito racial ou de gênero nas tentativas", disse Liz Kelly, membro da equipe de comunicação do Twitter, ao site americano Mashable. "Mas fica claro, a partir desses exemplos, que temos mais análises a fazer. Estamos investigando isso e continuaremos a compartilhar o que aprendemos e quais ações tomamos."

O Twitter postou, na conta oficial da rede social, seu posicionamento sobre o caso:

Estadão
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