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Thinkseg compra operações da plataforma de vendas de seguros Bidu

Valor da transação não foi divulgado; com a compra, a startup adquire 20 mil novos clientes a sua plataforma

20 jun 2018 - 18h46
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A startup de seguros Thinkseg anunciou nesta quarta-feira, 20, que comprou a plataforma de cotação e venda de seguros Bidu. O valor da transação não foi divulgado, mas estima-se que o custo tenha ultrapassado dezenas de milhões de reais. Com a aquisição, a Thinkseg se torna uma das principais startups de seguros do Brasil, com 23 mil clientes.

A aquisição esquentou o mercado de startups de seguros no Brasil que atualmente conta com 78 novas empresas com soluções de tecnológicas para esse segmento, segundo levantamento feito pelo Comitê de Insurtechs da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Segundo o presidente da Thinkseg, André Gregori, a conversa entre as duas empresas começou no fim do ano passado, mas a conclusão de compra só aconteceu na semana passada.

"A ideia inicial era fecharmos uma parceria entre as duas companhias, compartilhando nossas soluções, mas o negócio acabou evoluindo para a compra da Bidu", diz Gregori.

A negociação prevê ainda que quatro executivos da Bidu, incluindo o ex-presidente Rodolpho Gurgel, se tornem sócios da Thinkseg e ocupem cargos de gerência dentro da empresa em áreas estratégicas como marketing, análise de dados e vendas.

A expectativa é que, no primeiro momento, nenhuma das duas empresas mudem seu modelo de negócio e de operação. Os funcionários da Bidu, no entanto, passam a trabalhar no mesmo escritório da Thinkseg, em São Paulo.

"Ainda vamos avaliar como serão feitas as adequações entre as duas empresas nos próximos três meses. O que já sabemos é que vamos usar algumas tecnologias da Bidu e eles vão se apropriar de algumas estratégias nossas de relacionamento com cliente", completa Gregori.

Estratégia. A Thinkseg surgiu no mercado há 10 meses, sob a liderança de André Gregori, ex-BTG Pactual. A plataforma, 100% digital, usa algoritmos inteligentes para mapear o comportamento do usuário na internet e, assim, oferecer pacotes de seguros personalizados.

Para contratar um seguro pela empresa, por exemplo, o usuário preenche um questionário com cinco informações: nome, endereço, data de nascimento, CPF e e-mail. Com esses dados, o algoritmo da Thinkseg consegue verificar postagens em redes sociais e uso de aplicativos que ajudam a empresa a identificar gostos e preferências dos clientes.

À época, especialistas em privacidade ligaram o alerta sobre a segurança dos dados dos usuários. "Era esperado que uma empresa de seguros sugerisse coleta de dados e análise de risco com Big Data. O problema é a forma como ela vai tratar esses dados", disse Rafael Zanatta, pesquisador de telecomunicações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Estadão
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