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Tencent fará mais restrições a jogos após crítica a "Honor of Kings" custar US$60 bi

3 ago 2021 - 10h59
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A chinesa Tencent disse nesta terça-feira que restringirá ainda mais o acesso de menores ao seu principal videogame, horas depois de suas ações terem sido prejudicadas por um artigo da mídia estatal que descreveu os jogos online como "ópio espiritual".

Logotipo da Tencent numa feira em Pequim. 4/9/2020. REUTERS/Tingshu Wang
Logotipo da Tencent numa feira em Pequim. 4/9/2020. REUTERS/Tingshu Wang
Foto: Reuters

O Economic Information Daily citou o "Honor of Kings" da Tencent em um artigo no qual afirma que os menores são viciados em jogos online e pede mais restrições à indústria. O veículo é afiliado à maior agência de notícias estatal da China, a Xinhua.

A maior empresa de mídia social e videogame da China viu suas ações despencarem mais de 10% nas primeiras negociações, eliminando quase 60 bilhões de dólares de seu valor de mercado.

A ação estava a caminho da maior queda em uma década antes de reduzir as perdas depois que o artigo desapareceu do site e da conta do WeChat na tarde de terça-feira. O artigo reapareceu mais tarde naquele dia, com o termo "ópio espiritual" removido e outras seções editadas.

No artigo original, o jornal destacou "Honor of Kings" como o jogo online mais popular entre os estudantes, jogado por até oito horas por dia.

"O 'ópio espiritual' cresceu e se tornou uma indústria que vale centenas de bilhões", disse o jornal. "... Nenhuma indústria, nenhum esporte pode se desenvolver de uma maneira que irá destruir uma geração."

O ópio é um assunto delicado na China, que cedeu a ilha de Hong Kong ao Reino Unido "para sempre" em 1842, no final da Primeira Guerra do Ópio, travada pela exportação britânica da droga para a China, onde o vício se espalhou.

A Tencent disse que vai introduzir mais medidas para reduzir o tempo e o dinheiro de menores gastos em jogos, começando com "Honor of Kings". Também pediu a proibição da indústria de jogos para crianças menores de 12 anos.

A empresa não abordou o artigo, nem respondeu a um pedido de comentários da Reuters.

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