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Tecnologia de blockchain pode ser usada para resolver Brexit?

7 out 2019 - 15h57
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Uma equipe de especialistas desenvolveu um plano para usar tecnologia de blockchain para acompanhar o comércio entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, o que poderia evitar a reimposição de controles de fronteira rígidos após o Reino Unido sair da União Europeia.

O consórcio Eland afirmou nesta segunda-feira que a proposta envolve a construção de um sistema de tráfego de cargas seguro baseado em contêineres com fechaduras digitais e equipados com GPS, certificação automatizada e ferramentas contra adulteração. O sistema permite que cada detalhe da carga possa ser registrado em um banco de dados baseado em blockchain.

"Em essência, é um armazém seguro sobre rodas e resolve tanto a saída do Reino Unido da União Europeia e mantêm as garantias definidas anteriormente", disse o presidente-executivo da Eland, Charles Le Gallais.

Ele afirmou que os representantes do Reino Unido e do parlamento irlandês já foram informados sobre o plano.

Um porta-voz britânico, questionado sobre a iniciativa, afirmou que "o governo agradece todas as contribuições sobre este assunto, que são consideradas com atenção". Em Dublin, um porta-voz do governo irlandês disse que "não temos comentários sobre esta proposta".

Razat Gaurav, presidente da Llamasoft, que produz software que ajuda empresas a administrar estruturas de suprimentos, afirmou que o pleno pode dar visibilidade sobre o que é transitado pela fronteira, mas se for muito complexo, a indústria não vai abraçá-lo.

A fronteira irlandesa é o principal obstáculo para o divórcio do Reino Unido da UE, algo que o premiê britânico, Boris Johnson, tem afirmado que precisa ocorrer até 31 de outubro, mesmo sem um acordo de saída.

Autoridades europeias têm se mostrado céticas sobre as sugestões britânicas de qual tecnologia poderá ser usada na separação uma vez que Londres não demonstrou nem se tais soluções existem.

A Eland afirma que sua proposta é baseada em "tecnologia provada" e que pode ser demonstrável em três meses e plenamente implementada em um ano.

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