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Sinais de uma trégua nos preços impulsionam ações da Lyft e da Uber

8 ago 2019 - 12h34
(atualizado às 12h37)
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Sinalizações da Lyft de que sua rivalidade com a Uber pode estar diminuindo pode se mostrar uma má notícia para os clientes, mas impulsionou as ações das duas companhias nesta quinta-feira.

Logos da Uber e Lyft em carro em Redondo Beach, na Califórnia
25/03/2019
REUTERS/Lucy Nicholson
Logos da Uber e Lyft em carro em Redondo Beach, na Califórnia 25/03/2019 REUTERS/Lucy Nicholson
Foto: Reuters

Com a Uber pronta para divulgar seu balanço após o fechamento de Wall Street, os analistas ficaram animados com o aumento de 72% na receita da Lyft, e seus preços mais altos levariam as vendas do terceiro trimestre e do ano inteiro para acima das expectativas do mercado.

O vice-presidente financeiro, Brian Roberts, disse que 2018 foi provavelmente o auge das perdas para a Lyft e disse que os preços se tornaram "mais racionais", significando que a empresa deveria gastar menos nas constantes promoções e incentivos que a Uber usou para ganhar participação de mercado.

Pelo menos nove corretoras elevaram seus preços-alvo das ações da Lyft em resposta, com o Credit Suisse sendo o mais otimista com uma meta de preço de 96 dólares.

As ações da Lyft subiam 3,64%, para 62,49 dólares, durante o pregão, enquanto as da Uber subiam 6,85%, para 42,42 dólares, com os operadores apostando que seu balanço produzirá uma mensagem similar.

"Enquanto a Lyft continua a gastar agressivamente em várias iniciativas, a pressão competitiva sobre os incentivos para o serviço continua a diminuir, o que é um sinal de um duopólio racional entre a Lyft e a Uber no momento", disseram analistas da PiperJaffray.

A Lyft e sua concorrente Uber, ambas deficitárias, historicamente deram grandes descontos para atrair os passageiros, e a preocupação de Wall Street com os custos associados tem levado as ações de ambas a serem negociadas em níveis mais baixos desde seus respectivos IPOs no início deste ano.

Analistas da Canaccord disseram que a alta de 22% da Lyft na receita por passageiro no trimestre parece ter sido muito mais impulsionada pela redução dos incentivos aos clientes do que qualquer aumento no número de passageiros.

Com as empresas tendo enfrentado protestos em várias cidades dos EUA contra os esforços para reduzir os custos com motoristas, elevar os preços das corridas tornou-se vital para seus esforços de conquistar a confiança dos investidores em suas perspectivas de longo prazo.

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