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Samsung segue Apple e lança celular de US$ 1 mil

Galaxy Note 9 traz melhorias de memória e armazenamento, além de tela de 6,4 polegadas; empresa também exibiu caixa de som conectada

10 ago 2018 - 05h11
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A Samsung anunciou na última quinta-feira, 9, o Galaxy Note 9, nova versão de seu smartphone premium. Modelo mais luxuoso da empresa, o aparelho trouxe poucas inovações em relação a seu antecessor. Houve avanços em aspectos técnicos como memória e tela, mas a principal mudança veio no preço, que parte de US$ 1 mil.

Com lançamento previsto para o dia 24 nos EUA, o aparelho pode custar até US$ 1,25 mil, dependendo da configuração. É a primeira vez que um celular da Samsung é vendido por a partir de US$ 1 mil - o modelo mais simples do Galaxy Note 8, por exemplo, saía por US$ 930 em 2017. Ainda não há previsão de preço ou data de chegada do Galaxy Note 9 no Brasil.

Para analistas, o reajuste de preço é um indício de que a Samsung quer replicar a estratégia da rival Apple, que lançou o iPhone X pelo mesmo preço, em 2017. Recentemente, a empresa de Tim Cook colheu os frutos dessa tática, ao faturar 20% mais com sua divisão de celulares, mesmo sem elevar a quantidade de aparelhos vendidos.

Os bons resultados animaram os investidores e levaram a Apple a se tornar a primeira empresa americana da história a atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado. Para setembro, espera-se o anúncio de um novo modelo do iPhone, que também será vendido a mais de US$ 1 mil.

Segundo o professor da USP Renato Franzin, o aparelho da Samsung é um celular "de nicho". Para o especialista, a sul-coreana sai na frente contra a Apple por oferecer especificações técnicas parrudas em seu "topo de linha", que passa a ter valor alinhado ao da rival.

Integração. Na visão de Werner Goertz, analista da consultoria Gartner, é preciso levar outros aspectos em conta na briga entre Apple e Samsung - como o avanço no uso de inteligência artificial. "É hora de (criar) uma nova geração de aparelhos que vai prever o que você quer antes de você pensar", disse o presidente da área de dispositivos móveis da Samsung, DJ Koh.

A Samsung, porém, não conseguiu demonstrar na prática como essas aplicações chegarão aos celulares. "O Galaxy Note 9 só será competitivo se a inteligência artificial for capaz de utilizar o aparelho", diz Goertz.

A empresa também exibiu a caixa de som conectada Galaxy Home, ainda sem data de lançamento. A meta é que ela seja uma central de comando para a casa conectada, competindo contra o Echo, da Amazon, e o Google Home. Para Franzin, da USP, há espaço para competição. "A Samsung tem geladeiras e TVs, o que as outras não têm. É um trunfo", diz o professor.

Estadão
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