O Prêmio Loebner, competição de inteligência artificial realizada anualmente na Inglaterra desde 2006, trouxe à tona novamente a discussão sobre o quão próximos estamos de ter tecnologia suficiente para produzir máquinas que pensam. Mesmo em tempos de iniciativas multimilionárias - como o Siri, assistente pessoal de voz do iPhone 4S da Apple -, a resposta ainda está longe de ser encontrada.
Através de um método conhecido como teste de Turing, a competição busca determinar qual robô consegue reproduzir melhor as técnicas de conversação de um ser humano. Quatro juízes se sentam em frente a telas e participam de dois chats simultâneos durante 25 minutos. Em uma das janelas, está uma pessoa; em outra, uma máquina. A tarefa é identificar quem é quem. Se um robô conseguir enganar um jurado, seu criador vence o grande prêmio de US$ 100 mil.
Ninguém jamais obteve o grande prêmio, segundo informações do Guardian. De fato, ano após ano - com algumas raras exceções -, nem ao menos um juiz é enganado.
Quando o método foi proposto, em 1950, seu mentor, Alan Turing, previu que os computadores passariam facilmente no teste dentro de 50 anos. Hoje, 62 anos depois, Turing teria se decepcionado: o "pensamento" dos robôs ainda é rudimentar e incapaz de fazê-los passar por uma pessoa de verdade.
Para um dos participantes, dentro de 30 ou 40 anos existirão máquinas que se assemelhem a humanos, com quem se possa fazer amizades e até se apaixonar. Previsão ainda distante para a tecnologia atual.
