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Rival do TikTok, app chinês de vídeos curtos Kwai chega ao Brasil

Com escritório local, empresa quer entender gosto de seus 7 milhões de usuários ativos no País; Whindersson Nunes fará evento de abertura

8 nov 2019 - 05h10
(atualizado às 10h07)
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Tendência entre os jovens, apps de vídeos curtos têm tudo para se tornar a nova fronteira da disputa pela atenção de usuários na internet. Um dos grandes expoentes do momento é o app chinês TikTok, com filmetes bem humorados de 15 segundos, carregados de edição esperta e efeitos divertidos, que abriu um escritório no País no início do ano. Agora, é a vez do conterrâneo e rival Kwai aportar por aqui: nesta sexta-feira, o app anuncia sua chegada oficial ao País em evento em São Paulo.

Para alguns, a chegada não é uma surpresa: a Kwai diz já ter uma base de 7 milhões de usuários ativos diariamente no País. Ao todo, no mundo, o app tem mais de 200 milhões de usuários diários - a maioria deles, porém, utiliza o serviço com outro nome: Kuaishou, como é conhecido em sua terra natal. "Queremos transformar o Brasil no nosso principal mercado fora da China. É um país com população grande, interessada em redes sociais, em um mercado com muitas oportunidades", diz ao Estado Yumi Wu, diretora de operações globais da empresa.

O Brasil também será o primeiro país a ganhar uma versão localizada do aplicativo. Para isso, a Kwai montou um escritório local e está contratando funcionários - a empresa não cita números, mas tem pelo menos quatro vagas abertas na rede social profissional LinkedIn. "Queremos crescer rápido, o que dificulta fazer estimativas até para o curto prazo", diz Wu. Além da China, a empresa tem escritórios na Malásia, na Índia e na Coreia do Sul, mas nesses locais o app reproduz apenas o sistema que já é usado na China.

Para dar o pontapé inicial por aqui, a companhia arregimentou Whindersson Nunes e outros influenciadores brasileiros. "No Brasil, percebemos que as pessoas gostam de vídeos engraçados ou musicais, enquanto na China é mais comum vídeos que documentam a rotina", explica Wu. A fim de ganhar espaço, a empresa pretende aproveitar outro nome conhecido dos brasileiros: o WhatsApp. O Kwai permite que os vídeos criados nele sejam compartilhados em outras plataformas, e o app de mensagens que pertence ao Facebook é visto como aliado. "Na China, os usuários compartilham conteúdo dentro do Kwai, mas também usam outras redes sociais de sucesso, como o WeChat", diz a executiva.

Principal app de mensagens da China, o WeChat tem mais de 1 bilhão de usuários ativos por dia. A lógica do Kwai é tentar usar a popularidade do WhatsApp, além de Instagram e Facebook, para que o seu app possa se espalhar - na loja de apps do Android, a PlayStore, o Kwai se descreve com um aplicativo de "vídeos para o WhatsApp Status", o serviço de mensagens efêmeras do aplicativo de mensagens.

Ao mesmo tempo, a companhia chinesa tenta se afastar do rival TikTok, que é da conterrânea Bytedance. "Temos semelhanças, mas o Kwai é um aplicativo mais inclusivo, no sentido de que abrimos as portas para que as pessoas comuns possam produzir vídeos e se expressar", diz Wu. "Os outros apps focam mais em celebridades."

Estadão
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