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Reino Unido deve seguir Austrália e exigir que Big Techs paguem pelo uso de notícias

Secretário de saúde britânico afirmou que governo estuda como fazer com que Facebook pague pelo licenciamento de notícias

22 fev 2021 - 11h12
(atualizado às 12h52)
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O secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, sinalizou em entrevista ao Times Radio no domingo, 21, que o governo britânico cogita exigir que gigantes de tecnologia, como Google e Facebook, paguem pelo licenciamento de conteúdos noticiosos que circulam em suas plataformas.

A medida seria similar ao que a Austrália está prestes a implementar no país, levando a rede social de Mark Zuckerberg a proibir a circulação de notícias para os usuários australianos. O projeto de lei, atualmente em discussão no Senado após ser aprovado na Câmara dos Deputados, exige que empresas de mídia negociem com as empresas de tecnologia o licenciamento de notícias. Caso as "Big Techs" se recusem a negociar, o caso pode ser levado a ser decidido por um juiz ou multas podem ser aplicadas.

"Tenho fortes opiniões sobre o tema. Eu acho que é um assunto importante e não tenho dúvida de que o secretário de Cultura irá olhar para isso muito atentamente", afirmou Hancock, citando o colega de governo Oliver Down, que irá se encontrar com executivos do Facebook nesta semana após o banimento de notícias na Austrália.

Uma fonte do governo do Reino Unido falou ao jornal britânico The Times que a atual administração não descarta seguir a Austrália: "Nós certamente não descartamos uma legislação ao estilo da Austrália para corrigir o desequlíbrio entre a relação das Big Techs e as empresas de mídia", afirmou, sob condição de anonimato.

O Facebook critica a proposta australiana e afirma que o projeto de lei não compreende a relação entre a rede social e os usuários, que a usam para publicar notícias.

O Google, por sua vez, apesar de criticar a medida, fechou um acordo na semana passada com o grupo de mídia australiano News Corp., apesar de a negociação não ser diretamente envolvida com a legislação em discussão na Austrália.

Estadão
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