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Regulador britânico alerta empresas financeiras sobre Big Data

11 jul 2018 - 14h13
(atualizado às 15h37)
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Os bancos e seguradoras da Grã-Bretanha devem tomar a iniciativa de divulgar como vão usar os dados coletados de clientes ou poderão enfrentar nova regulamentação, disse o presidente da Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês), Charles Randell, nesta quarta-feira.

Charles Randell, presidente da Autoridade de Conduta Financeira, durante evento da Reuters em Londres, Reino Unido
11/06/2018
REUTERS/Hannah McKay
Charles Randell, presidente da Autoridade de Conduta Financeira, durante evento da Reuters em Londres, Reino Unido 11/06/2018 REUTERS/Hannah McKay
Foto: Reuters

    As empresas financeiras têm usado Big Data com clientes, o que pode incluir o uso de mídias sociais, por exemplo, para precificar seguros automotivos ou de saúde com mais precisão. Mas a tendência preocupa reguladores e grupos de defesa dos consumidores.

    O uso de Big Data requer uma boa comunicação para que os consumidores entendam e aceitem a abordagem de uma empresa no uso de seus dados e não acabem sendo "desprovidos de direitos", disse Randell.

    "Por boa comunicação não quero dizer páginas e páginas de divulgações obscuras, isenções de responsabilidade e consentimentos. Quero dizer declarações curtas e legíveis que deixam claro o que as empresas farão e não farão com os dados de seus clientes", disse Randell à Reuters.

Randell, que assumiu a presidência da FCA em abril, disse que o poder das corporações de Big Data e seu papel central na prestação de serviços que hoje são essenciais na vida cotidiana levantam questões importantes sobre a adequação das estruturas globais de concorrência e regulação.

"O consumidor comum pode, na prática, não ter escolha para lidar com essas corporações com termos que são inegociáveis e gerais demais para serem bem entendidos. E sem acesso aos dados que os consumidores liberaram ao assinar - ou clicar -, novas empresas podem achar muito difícil competir."

    "Somando todos esses fatores, se questiona a adequação da abordagem liberal tradicional na relação entre as empresas de serviços financeiros e seus clientes. E a regulação é central porque ajudará a definir se a inteligência artificial e Big Data libertam ou privam os clientes de seus direitos", disse Randell.

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