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Receita das startups do Cubo dispara 1.500% sob efeitos da pandemia

4 fev 2021 - 15h48
(atualizado às 18h42)
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O faturamento conjunto das startups abrigadas pelo Cubo, hub de inovação do Itaú Unibanco, atingiu 4,4 bilhões de reais em 2020, um salto de 1.552% em relação ao ano anterior, uma vez que os efeitos da pandemia da Covid-19 impulsionaram a demanda por soluções digitais.

Vista de saguão no Cubo, espaço de inovação do Itaú Unibanco. Divulgação/REUTERS. 4/2/2010
Vista de saguão no Cubo, espaço de inovação do Itaú Unibanco. Divulgação/REUTERS. 4/2/2010
Foto: Reuters

Segundo Pedro Prates, copresidente do Cubo, o movimento teve entre os destaques startups que prestam serviços de saúde, especialmente aquelas com soluções de telemedicina, que foi regulamentada emergencialmente na esteira das medidas de isolamento social.

Também entre as que mais cresceram em faturamento no período estiveram negócios de varejo, em especial os de comércio eletrônico, as logística & mobilidade e de finanças.

O executivo explicou que os números não são inteiramente comparáveis, dado que o universo de startups em cada ano não era necessariamente o mesmo, com entradas e saídas de algumas, mas dão uma ideia de como alguns negócios cresceram muito mais rápido do que o planejado pelos próprios empreendedores devido à repentina demanda por soluções digitais.

Criado em 2015 pelo Itaú, em parceria com a gestora de capital de risco Redpoint eventures, o Cubo terminou ano passado com uma rede de 475 startups.

"Algumas startups aceleraram de imediato, porque tinham serviços que viraram solução urgente", disse Prates, referindo-se a serviços como de home office para atendimento de telemarketing, cobrança, telemedicina, educação, entre outras.

Várias startups, no entanto, tiveram que lidar com aperto de liquidez, dado que investidores reduziram aportes nos piores meses da pandemia, diante do receio de que efeitos prolongados da crise inviabilizassem planos de crescimento acelerado.

"Houve uma crise pontual de liquidez, situação que atingiu cerca de 60% delas, que tiveram que fazer o dinheiro durar mais", afirmou o executivo, adicionando que depois a tendência foi uma retomada dos aportes por parte dos fundos.

Para aliviar os efeitos desse cenário adverso, Prates disse que o Cubo cortou custos das startups em cerca de 85%, adotando medidas como o acompanhamento remoto.

Atualmente, o Cubo tem parcerias com grandes empresas nacionais de 15 indústrias, incluindo Dasa, brMalls, Cogna, GPA, TIM e B3. No ano passado, o hub passou a abrigar startups voltadas também para o agronegócio, em parceria com a Corteva.

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